
Quem disse que o melhor amigo do homem não pode ser, também, um companheiro de viagem? O programador Alan Oliveira adaptou a moto para trazer as duas cadelinhas de Goiânia para Vila Velha. Juntos, os três percorreram mais de 1.400km pela estrada.
O capixaba, junto com a família, se mudou para Goiás em julho do ano passado. O rapaz foi aproveitar uma oportunidade de trabalho, mas acabou contraindo a covid-19 e, há cerca de duas semanas, decidiu retornar ao Espírito Santo. Sem dinheiro para comprar passagens de avião, Alan resolveu vir de moto.
“Não tinha dinheiro para levar de avião e os animais não podem ser transportados de caminhão. Eu já ia fazer a viagem de moto e resolvi trazer elas assim mesmo. Minha sogra veio com meu filho de ônibus, as coisas da mudança vieram de caminhão e elas vieram comigo”, contou.
Para conseguir viajar com Nina, de dez anos, e Bila, de 7, Alan precisou adaptar o veículo e tornar o espaço aconchegante paras as cachorras. “Eu mandei fazer uma base para transportar as caixas com elas. Umas semanas antes de viajar, eu comecei a passear com elas, para que se adaptassem”, disse.
E não é que elas gostaram da aventura?! Segundo o tutor, o percurso foi tranquilo, sem latidos ou choros. “A cada duas horas eu parava para tirar elas da caixinha. Ficava uns 20 minutos andando com elas. Durante a noite, dormíamos em um posto da rodovia”, contou.
Apesar da tranquilidade, no inicio da viagem ele passou por um susto. A porta de uma das casinhas foi danificada e a Nina acabou pulando da caixa. Algumas pessoas perceberam e avisaram o rapaz. Alan recebeu ajuda para para comprar um caixa nova e seguir viagem.
O rapaz não esconde a preocupação com os animais, principalmente, no trecho entre Minas Gerais e o Espírito Santo. “A parte mais difícil foi de Belo Horizonte até aqui, pois a estrada é muito sinuosa e com trechos bem perigosos”.
Os três, Nina, Bila e Alan, seguiram viagem e chegaram bem em Vila Velha. Mesmo passando bons momentos com os animais durante a viagem, Alan garante que não pretende repetir o feito. “Não penso em fazer outras viagem desse jeito. Não é fácil!”, afirmou.
Diante de tanto amor pelos bichinhos, o tutor da Nina e de Bila faz um apelo. “As pessoas não devem abandonar os seus animais. Pelo contrário, devem estar sempre perto deles”, concluiu.