Geral

Capital Capixaba tem terceiro mês de janeiro mais seco em 10 anos

A chance de chover na Grande Vitória e no centro-norte do Espírito Santo é ainda mais remota. Até o fim de janeiro, não há expectativa de nenhuma frente fria

O sol deve permanecer no Estado Foto: Divulgação

A capital do Espírito Santo teve o terceiro mês de janeiro mais seco dos últimos 10 anos. Foi o que informou o Climatempo. De acordo com o instituto, o Estado, as regiões mineiras do Vale do Rio Doce e do Vale do Jequitinhonha foram as que receberam menos chuva em janeiro até agora, e são os locais onde a chance de chover vai continuar muito baixa até o fim do mês e no começo de fevereiro.

No Espírito Santo, segundo o Climatempo, os maiores volumes ocorreram no sul do Estado, mas em geral não passaram dos 70 milímetros. Em pequenas áreas na divisa com Minas Gerais e em algumas áreas ao sul do Vale do Rio Doce choveu de 70 a 100 milímetros. Mas na região do Vale do Jequitinhonha e na maioria das áreas capixabas, a chuva acumulado em 22 dias não passa dos 50 milímetros e em vários locais do Jequitinhonha e do norte capixaba nem choveu este mês ainda.

O mapa mostra quanto choveu no Sudeste até o dia 22 de janeiro Foto: Reprodução Climatempo

Janeiro seco 

Em Vitória, a falta de chuva em janeiro deste ano é gritante e fez levantar a sombra do racionamento de água. O instituto informou que os números são de fato sombrios. Em 10 anos, janeiro de 2017 é o terceiro mais seco da capital, abaixo apenas de janeiro de 2015, quando simplesmente não choveu, e de janeiro de 2010, quando o acumulado no fim do mês foi de apenas 15,6 milímetros.

Pela medição do Instituto Nacional de Meteorologia, em 23 dias choveu minguados 20,4 milímetros, total que está 86% abaixo da média histórica para este mês que é de aproximadamente 143,0 milímetros. O Climatempo apontou que não chover em janeiro em Vitória significa não ter a chuva do terceiro mês com maior média de chuva na escala anual. É faltar chuva na época que deveria chover.

Algumas pancadas de chuva são esperadas para esta última semana de janeiro na região da Grande Belo Horizonte, na porção sul do Vale do Rio Doce e no sul do Espírito Santo. Pode até chover forte, mas em pequenas áreas. A chance de chover na Grande Vitória e no centro-norte do Espírito Santo e no Vale do Jequitinhonha é ainda mais remota.

O calor persiste e chance de chover forte e de forma frequente e volumosa, para mudar o quadro de seca atual é remota. A chance de chover também é baixa para o norte do estado do Rio de Janeiro. Porém, áreas do sul do Rio de Janeiro, a divisa de São Paulo com Minas Gerais terão muita chuva na última semana do mês.

Em 2017 a chuva não alcançou nem a média Foto: Reprodução Climatempo

ASAS

Até o fim de janeiro, não há expectativa de que nenhuma frente fria chegue ao Espírito Santo para estimular instabilidade. As condições atmosféricas esperadas para os próximos dias vão atuar fortemente contra a chuva. O sistema de alta pressão atmosférica conhecido como ASAS – Alta (pressão) Subtropical do Atlântico Sul volta avançar com força sobre o Brasil e sua maior influência será justamente sobre o Espírito Santo e o nordeste de Minas Gerais, região onde estão o Vale do Rio Doce e o Vale do Jequitinhonha. Como todo sistema de alta pressão atmosférica, a ASAS reduz a umidade no ar. Com o ar mais seco, a quantidade e o tamanho das nuvens diminuem, o que reduz a chance de chover.

Entenda como funcionam as altas e as baixas pressões na atmosfera: