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Capixaba acusado de aplicar golpes milionários é extraditado pela justiça italiana

Felipe Médici Toscano atuava como agente de mercado financeiro. Ele já deu entrada em um presídio no Espírito Santo

Foto: Reprodução TV Vitória

O capixaba Felipe Medici Toscano, acusado de aplicar golpes milionários, foi extraditado pela justiça italiana. Ele está detido desde 2019, e nesta quarta-feira (19), vai passar por uma audiência de custódia.

Na época que a prisão aconteceu, o capixaba chegou a ser procurado pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) com alerta vermelho. De acordo com a Polícia Federal os recursos do caso foram encerrados em Milão e Felipe foi extraditado e recolhido no sistema penitenciário do Espírito Santo, onde permanece à disposição do poder judiciário brasileiro.

Felipe está preso no Centro de Detenção Provisória de Viana II. Ele dizia agir como agente do mercado financeiro e recebia dinheiro de empresários para realizar as movimentações que chegaram a dar prejuízos de mais de R$ 10 milhões.

Relembre o caso

Em 2019, a delegada afirmou que Felipe apresentou relatórios falsos das ações, criou sites de bancos falsos, criou aplicativos falsos em que a vítima poderia ver toda a movimentação e mandava extratos falsos por e-mail. Desta forma, a vítima acreditava que estava acompanhando o dinheiro investido.

O golpista dizia agir como agente do mercado financeiro e recebia dinheiro de empresários para realizar as movimentações. Segundo a delegada, a relação entre Felipe e o empresário que o denunciou começou em 2014. Ele foi apresentado ao golpista ao buscar formas de investir no exterior.

Com o dinheiro do golpe, Felipe fraudou diversos documentos, procurações, contratos e a partir daí passou a movimentar o dinheiro da vítima sem que ele percebesse. O golpista dizia ao empresário que o resgate poderia ser feito a qualquer tempo.

A vítima precisou realizar resgates de parte do dinheiro em dezembro de 2017 para fazer um investimento no Brasil e solicitou o resgate. “Felipe começou a enrolar, falou que o investimento dava lucro, que era melhor não e a vítima continuou insistindo. O golpista disse que em março de 2018 ‘daria tudo certo’, até que em 14 de março o Felipe fugiu para a Itália. A partir daí foram várias desculpas. Até o momento que a vítima entrou em contato com os bancos e descobriu que as contas estavam zeradas”, informou a delegada.

A equipe de jornalismo tentou, mas não conseguiu contato com a defesa de Felipe. Caso queira se manifestar, o espaço estará aberto.

Com informações da TV Vitória/RecordTV