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Morte nos EUA: capixaba confessa que corpo de brasileira foi colocado em saco de lixo

Em julgamento no Fórum de Vitória, Thiago Bragança contou onde o corpo foi jogado e como ele e o outro réu Wenderson da Silva fugiram dos Estados Unidos

Foto: Divulgação | Redes Sociais

Durante o júri popular sobre o assassinato da jovem mineira Ana Paula Feitosa, que acontece nesta quinta-feira (10), no Fórum Criminal de Vitória, o réu Thiago Philipe Souza Bragança afirmou que, após matarem a jovem, ele e o também réu, Wenderson Júnior da Silva teriam enrolado o corpo da vítima em um saco e depois jogado em um depósito de lixo.

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A afirmação foi feita por Thiago durante seu depoimento no decorrer do julgamento. Ainda durante sua fala, o réu deu mais detalhes sobre a dinâmica de todo o crime, bem como a fuga dele e de Wenderson.

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De acordo com Thiago, depois que ele e Wenderson se deram conta de que Ana Paula estava morta, os dois rapazes decidiram colocar o corpo em um saco de lixo. Em seguida, sem saber o que fazer com o corpo, a dupla se dirigiu ao hotel Hot Spring, localizado em Los Angeles.

Em uma rua próxima a este hotel, eles jogaram o corpo, que estava enrolado em um saco, dentro de um depósito de lixo e dali a dupla deu início à fuga.

Dupla pretendia ir para o Canadá, mas os planos mudaram

Inicialmente, a intenção dos dois rapazes era ir para o Canadá, mas eles estavam com um veículo alugado, facilmente rastreável e que foi flagrado pela guarda dos Estados Unidos por excesso de velocidade

Após serem abordados pelos policiais, os acusados optaram por mudar a rota e seguir em direção ao México. Dando início à mudança de rota, a dupla foi para o estado de Oklahoma, depois pegaram um táxi até Phoenix, de Phoenix pegaram um ônibus até o México e do México chegaram ao Brasil.

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“Prefiro vê-lo morto do que cometendo outros crimes”, diz mãe de Thiago

No início da tarde desta quarta-feira (10), a mãe do réu Thiago Philipe Souza Bragança foi ouvida. Durante o depoimento ela disse que o filho acabou sendo corrompido pelas drogas e´que não criou o filho para matar. 

“Quero que ele pague pelo que fez e saia da prisão como um homem”, afirmou.

Durante depoimento, a mãe do jovem, que não será identificada, explicou que ele foi para os Estados Unidos com 15 anos, dentro de todos os meios legais. No local, ele chegou a trabalhar para grandes empresas. Porém, segundo a dona de casa, durante esse tempo, o jovem acabou sendo corrompido pelas drogas.

“Seria menos doloroso se eu estivesse no cemitério, me coloco no local da mãe da vítima. Acho que eles se corromperam pela droga, porque ele teve um desenvolvimento normal, era um bom menino”, detalhou.

Na época do crime, a mãe do acusado afirmou que eles realizavam chamadas de vídeo sob o efeito de entorpecentes. “Realizavam as chamadas fumando maconha, sabia que ele também estava viciado em cocaína”, descreve em audiência.

Ainda segundo a testemunha, após o crime, Wenderson e Thiago retornaram para o Brasil. Após voltarem ao país, a dupla permaneceu na residência da dona de casa, em Cariacica, por cerca de 15 dias.

Desconfiada dos dois e com medo, ela decidiu instalar uma babá eletrônica no quarto em que dormiam e conseguiu ouvir tudo o que conversaram. Foi então que os rapazes decidiram fugir, pela segunda vez.