O estudante capixaba Robson Amorim de Freitas, de 32 anos, foi encontrado, de acordo com a família. Ele estava desaparecido desde o dia 23 de janeiro, na França. A notícia do encontro foi compartilhada por um irmão nas redes sociais.
Robson é natural de Ibatiba, no Sul do Espírito Santo, e está fora do Brasil para estudar. Ele foi para a Irlanda há cerca de 2 meses e tinha planos de passar um ano estudando inglês. O estudante tinha sido visto pela última vez no Aeroporto de Paris-Charles de Gaulle, na França.
Em uma rede social, o irmão de Robson compartilhou uma publicação agradecendo pelo encontro do rapaz: “Estamos indo te buscar, vamos te trazer pra casa”, escreveu.
Não foi informado quando ocorreu o encontro e nem o motivo do desaparecimento.
Poucos dias após o desaparecimento, a família foi informada que Robson havia sido levado pela polícia de um aeroporto para um hospital da cidade. O rapaz passou a noite no local sendo liberado na manhã do dia 24, com o passaporte e o celular, mas o aparelho estava sem bateria.
Família iria para a França em busca de notícias
Em entrevista ao programa Fala ES, da TV Vitória/RecordTV, nesta segunda-feira (07), os irmãos do estudante, Pedro Henrique de Amorim e Cyntia de Freitas Amorim Silotti, disseram que a família pretendia ir para a França para ajudar nas buscas pelo capixaba.
“Estamos conversando sobre irmos para a França para ajudar nas buscas”, disse Pedro, durante a entrevista na TV Vitória.
A família contou, também, que está em contato constante com o Consulado Brasileiro, na França.
“O consulado nos liga, nos falamos por aplicativo de mensagem e por e-mail. Eles nos orientam sobre quais os possíveis lugares nas ruas onde ele possa estar e orientam quem está na busca em Paris”, disse Cyntia.
Durante a entrevista, os irmãos contaram, ainda, que também estavam mantendo contato com a polícia francesa, com o comandante que está liderando as buscas e com a polícia de desaparecidos na França. Além disso, a família conta com a ajuda de imagens que chegam por um aplicativo de mensagens.
“Chegam imagens o tempo todo e pedimos que as pessoas enviem. Mas, até agora, em todas as imagens há pessoas desconhecidas. Não é o nosso irmão”, relatou Pedro.
Buscas
No último domingo (06), mais de 400 pessoas foram às ruas em Paris à procura do capixaba. Segundo a irmã do jovem, o mutirão foi organizado por brasileiros que moram no país europeu. Eles fizeram um grupo em um aplicativo de mensagem para organizar o ato e ajudar nas buscas pelo jovem.
Para ajudar a família a encontrar o rapaz, pessoas que vivem em Paris, de diferentes nacionalidades, colaram cartazes pelas ruas da cidade com fotos do estudante e telefones de contato.
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Desaparecimento
Poucos dias após o desaparecimento, Pedro Henrique de Amorim, irmão de Robson, disse que o rapaz se mudou a Irlanda há cerca de dois meses e tinha planos de passar um ano estudando inglês no país europeu. Ele conta que, além dos estudos, Robson trabalhava em um restaurante.
Segundo os familiares, o jovem já havia enfrentado problemas ligados à síndrome do pânico no Brasil, mas fez tratamento e estava bem até duas semanas atrás. O irmão relatou ao Folha Vitória que ao passar das últimas semanas, Robson voltou a apresentar indícios de recaída.
Com isso, o estudante decidiu que o melhor seria retornar ao Brasil. No domingo, última vez em que os familiares conseguiram falar com Robson, o rapaz contou que iria procurar tratamento psiquiátrico.
“Há duas semanas ele já falava disso conosco, mas não imaginávamos que era tão sério, pois ele sempre aparentava estar bem e trabalhando. Ele estava vindo para o Brasil para se tratar, ele falou isso com a minha irmã no domingo, que precisava de tratamento psiquiátrico”, contou o irmão do estudante.
A irmã do rapaz, Cyntia de Freitas, contou que o voo de Robson estava marcado para chegar no dia 23, no entanto, o estudante não conseguiu embarcar por estar em meio a uma crise de ataque de pânico.
O último contato dos irmãos com Robson foi às 15h30, antes dele sumir no aeroporto. A família acionou as autoridades internacionais, mas foi informada de que no país não há procedimento de busca por pessoas desaparecidas.
“A lei de lá não permite a polícia procurar ele em lugar nenhum, eles entendem que é direito da pessoa se quiser sair sem dar notícias. Nós não estamos conseguindo fazer o boletim de ocorrência lá na França, temos um primo que está tentando, mas eles dizem que não fazem ocorrência de quem desapareceu. Só se ele tivesse cometido algum crime”, informou Pedro Henrique.