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Capixaba que mora na França relata situação: "Ruas vazias e uma população inteira confinada"

Quem precisa sair de casa deve emitir uma declaração informando o motivo e a necessidade do deslocamento

Foto: Paola Rosa

Uma capixaba de 40 anos que atualmente mora e trabalha na França, relatou como está sendo a rotina dela e da população diante da pandemia do novo coronavírus no País. Nas imagens registradas por Paola Rosa, ruas e prateleiras de supermercados aparecem completamente vazias. 

Por áudio, a capixaba contou que a França passa por um momento delicado, que requer cuidados. No local, já são mais de 9.134 casos e 175 mortes.  “As contaminações não param. Em 24 horas, a França registrou aumento de 1.000 casos confirmados. As fronteiras estão todas fechadas para que se evite mais contaminação. A França está parada”, contou.

Ainda de acordo com o relato de Paola, todos os voos foram cancelados. Os únicos estabelecimentos abertos são farmácias e supermercados. Quem precisa ir aos locais, devem emitir uma atestado online no site do Ministério do Interior da França, informando e comprovando o motivo de sair de casa.

Foto: Paola Rosa

‘A última vez que fui à rua foi para comprar produtos de necessidade. Ruas e pratilheiras estão vazias e não é permitido mais de 20 pessoas dentro do mesmo estabelecimento. Nós tivemos um primeiro anúncio do presidente informando que todas as escolas, creches e faculdades estariam fechadas na última segunda-feira (16), o que de fato aconteceu. O presidente também indicou que as empresas permitissem que os funcionários trabalhassem de casa para que se evitasse o contato entre as pessoas’, contou. 

Paola disse também que as pessoas estão proibidas de fazer visitas em casas de idosos. Desde a última terça-feira (18), todos os estabelecimentos de lazer e lugares que permitem aglomeração de pessoas estão sendo mantidos fechados por uma determinação do Governo francês.

‘Desde a última terça o confinamento é quase total. Se alguém sair na rua e for abordada pelo exército ou pela polícia, ela deve ter a atestação para comprovar o motivo e o pedido de circular pelas ruas do País, caso o contrario, ela pagará uma multa de 135 a 300 euros’, explicou. 

Paola completa que vive com medo. ‘Estamos com medo, inclusive vivemos com a incerteza de não saber se estamos contaminados ainda no estágio sem sintomas. Até quinta-feira passada eu estava indo para o trabalho pegando transporte público normalmente’, lamentou.