Moradores do município de Campinas, em São Paulo, estiveram na Catedral Metropolitana no início da tarde desta quarta-feira (12), para prestar homenagem às vítimas do ataque ocorrido na última terça.
O comerciante do município de Guarapari, Breno Alisson de Souza, está na cidade há cerca de dois meses e meio, acompanhando a esposa em um tratamento. Em conversa ao jornal online Folha Vitória, ele falou sobre o clima na região, 24 horas após a tragédia.
“O pessoal está muito assustado, principalmente porque a tragédia coincidiu com o aniversário de uma outra chacina que aconteceu na cidade, onde um marido invadiu a casa a casa da ex-mulher e matou mais de 10 pessoas. A missa aconteceu às 12h15, no mesmo horário de ontem e foi celebrada pelo mesmo padre. A igreja estava bem cheia e com muita gente em volta da praça também, querendo acompanhar”, contou Breno.
O comerciante contou ainda que, na hora do atentado, ele e a esposa estavam na varanda do prédio, que fica a duas quadras da Capital. Minutos depois, eles viram uma movimentação intensa de viaturas e ambulâncias e ficaram sabendo do ocorrido.
“Nós estamos aqui há dois meses e o apartamento fica a duas quadras. Eu e minha esposa tínhamos acabado de almoçar, sentamos na varanda e aí vimos a correria de viaturas, ambulâncias e tudo mais. A Catedral fica ao lado da rua mais movimenta da cidade, que é a 13 de maio. Nessa época, por conta do Natal, as ruas ficam muito cheias e ontem estava bem movimentado”, afirmou.
Atentado
Um homem, identificado pela polícia como Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, entrou na Catedral Metropolitana de Campinas, no interior paulista, por volta das 13h da última terça-feira (11), e atirou contra oito pessoas que estavam rezando no local.
Quatro pessoas morreram e as outras foram socorridas. Segundo a polícia, agentes entraram na igreja e dispararam contra o homem. Ele, então, teria caído no chão e se matado em seguida.
Ainda de acordo com a polícia, o autor dos disparos usou uma pistola e um revólver. “Ele não chegou atirando. Ele estava sentado, parado e quando se levantou começou a atirar nas pessoas”, disse o delegado Hamilton Caviola Filho, do 1º DP de Campinas, responsável pelo policiamento na região.