Sair na rua e frequentar lugares públicos sem as já rotineiras máscaras faciais é um sonho de todos, nestes tempos de pandemia. No Espírito Santo isso ainda não é possível. Mas muitos capixabas que moram fora do país já estão imunizados e podem andar nas ruas sem a máscara. Um verdadeiro choque de realidade com a rotina do Brasil.
Para a chef de cozinha Joelma Celestrini, mostrar o comprovante de vacinação é um orgulho mas também uma preocupação. Ela mora fora do Brasil e já foi vacinada. Mas a família, que ainda está no Espírito Santo, ainda não está totalmente imunizada.
“Quando nós nos vacinamos foi até uma situação de alegria e desconforto. A gente mal conseguiu celebrar, porque a gente sabia que as pessoas da minha família ainda não tomaram vacina”, disse.
A Joelma mora há três anos no Estado do Texas, nos Estados Unidos, e só a filha menor não foi imunizada, porque tem três anos de idade. A vacinação está tão adiantada por lá, que até eventos culturais e shows devem voltar a acontecer em breve.
“Já tem casas de shows e boates funcionando, tendo festas diurnas, e já tem agendas de shows abertas para a partir de outubro, com shows grandes, para 10 ou 15 mil pessoas”, contou.
Outra capixaba que também já está imunizada é a consultora jurídica Letícia Ferrari, que mora com os filhos e o marido há três anos nos Estados Unidos. O filho foi o último da família a ser imunizado contra a covid-19.
“Na quinta-feira eu vi um anúncio sobre um estudo para vacinação em maiores de 12 anos com a vacina da Pfizer e no outro dia eu fui vacinar o meu filho de 14. Chegando lá não tem fila, só fazem perguntas e aplicam as vacinas”, contou.
Já a dona de casa Keila Ximenes, de 46 anos, mora em Londres, mas morou por muito tempo em Vila Velha. Na terra da rainha, ela foi imunizada e agora pode passear com o netinho nas ruas, sem precisar usar nem máscara. “Levo meu neto para a escola de manhã e todo mundo anda normal. Não tem esse negócio de distanciamento. Só preciso de máscara para entrar na escola”, afirmou.
No Brasil, a realidade é bem diferente. Com 27 doses aplicadas para cada 100 habitantes, o país está na posição 62 no ranking global de vacinação. Bem abaixo de países como a Inglaterra, onde já são 83 doses a cada 100 habitantes, e Estados Unidos, com 81 doses a cada 100 habitantes.
Enquanto a vida normal começa a ser retomada em outros países, com passeios em família sem o uso de máscara, comemorações e até festas, quem mora fora afirma que a vontade é de levar toda a família para estar ao lado deles.
Assista à reportagem completa:
*Com informações do repórter Lucas Henrique Pisa, da TV Vitória/Record TV