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Capixabas que se vacinaram contra febre amarela precisam esperar 30 dias para doar sangue

Para as pessoas que vão viajar para áreas com recomendação de vacinação, o Hemocentro do Estado do Espírito Santo (Hemoes) sugere que se doe sangue antes da imunização

Quem se vacinou precisa aguardar 30 dias para doar sangue Foto: Divulgação

Os capixabas que se vacinaram contra a febre amarela devem ficar atentos. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), quem tomou a primeira dose de vacina contra a febre amarela ou a dose de reforço – que é aplicada após dez anos da primeira – deve aguardar o prazo de 30 dias para doar sangue.

Para as pessoas que vão viajar para áreas com recomendação de vacinação, o Hemocentro do Estado do Espírito Santo (Hemoes) sugere que se doe sangue antes da imunização para ajudar a manter os estoques de sangue estáveis.

No site oficial da Sesa, há um documento com informações sobre tudo que envolve a febre amarela. Entre elas está a recomendação sobre quem pode se imunizar: crianças, a partir de 9 meses de idade até adultos com 59 anos de idade, que residem ou se dirijam as áreas ribeirinhas e de mata dos municípios da área com recomendação de vacinação. 

Confira as orientações e tire suas dúvidas:

>> O que é febre amarela?

É uma doença infecciosa febril aguda, de curta duração (no máximo 12 dias), causada por um arbovírus, ou seja, vírus transmitido por mosquitos, e que pode
levar à morte, nas suas formas graves.

>> Quais os sintomas da febre amarela?

Os sintomas iniciais incluem febre de início súbito calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragias e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20-50% das pessoas que desenvolvem doença grave podem morrer.

Vale chamar atenção para um detalhe: A Febre Amarela pode levar à morte em cerca de uma semana, se não for tratada rapidamente.

>> Quem pode tomar a vacinação e quantas doses?

As pessoas que podem ser vacinadas são as crianças, a partir de 9 meses de idade até adultos com 59 anos de idade, que residem ou se dirijam as áreas ribeirinhas e de mata dos municípios da área com recomendação de vacinação. Fora destas faixas etárias é preciso avaliação médica.

É necessário uma dose de reforço após dez anos.

>> Qual a diferença entre febre amarela silvestre e urbana?

Os casos de Febre Amarela (FA) no Brasil são classificados como febre amarela  silvestre ou febre amarela urbana, sendo que o vírus transmitido é o mesmo, assim como a doença que se manifesta nos dois casos, a diferença entre elas é o mosquito vetor envolvido na transmissão.

Na FA silvestre, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus e os macacos são os principais hospedeiros; nessa situação, os casos humanos ocorrem quando uma pessoa não vacinada adentra uma área silvestre e é picada por mosquito contaminado.

Na FA urbana o vírus é transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti ao homem, mas esta não é registrada no Brasil desde 1942.

A vacinação é para as pessoas que moram em áreas de risco ou vão viajar para ela Foto: ​Divulgação

>> Como a febre amarela é transmitida? É possível ser transmitida de pessoa pra
pessoa?

A doença não é contagiosa, ou seja, não há transmissão de pessoa a pessoa. É transmitida somente pela picada de mosquitos infectados com o vírus da febre amarela.

>> A vacina provoca alguma reação?

A vacina é segura e eficaz, no entanto pode provocar reações adversas leves, moderadas e graves, e até mesmo morte. Reações locais como dor no local da aplicação, e sistêmicas como febre, dor de cabeça e dor no corpo em 4% dos primovacinados e 2% dos revacinados. Reações alérgicas, em especial, em alérgicos a ovo.

>> Tem como evitar a doença?
• A principal é a vacinação para residentes e viajantes para as áreas de recomendação
de vacinação.
• Notificação imediata de epizootias e casos humanos.
• Controle do Aedes aegypti para a eliminação do risco de urbanização.

O Ministério da Saúde ainda orienta:

• Pessoa que viaja para área de risco, sem ter sido vacinada, deve evitar o acesso as
áreas silvestres;
• Se for inevitável o deslocamento a esses locais, a pessoa deve usar roupas que
protejam as áreas expostas do corpo, principalmente braços e pernas, e usar
repelente.