Depois da revelação dos casos de contaminação das bebidas da cervejaria Backer, o Procon informou que os consumidores capixabas que compraram qualquer produto da marca podem devolver e pedir o dinheiro de volta.
De acordo com Rogério Athayde, diretor do Procon estadual, todas as cervejas da marca já foram recolhidas de estabelecimentos comerciais no Espírito Santo.
Quem comprou produtos da cervejaria mineira e quer o dinheiro de volta ou trocar por algum produto similar deve ir até o estabelecimento onde a compra foi feita e fazer a solicitação.
Segundo o diretor do Procon, os comerciantes capixabas já estão sabendo da decisão e vão atender o os pedidos dos clientes.
A medida vale mesmo para quem não tem a nota fiscal dos estabelecimentos de onde o produto foi comprado. Segundo o Procon, nesse caso específico, como já foi acertado com as lideranças empresariais do setor a palavra do consumidor e a boa fé serão suficientes.
Caso o consumidor não consiga trocar a cerveja, a recomendação é acionar o Procon pelo telefone 151, aplicativo ou internet no site procon.es.gov.br.
Descarte
Segundo o ambientalista, Petrus Lopes, os consumidores devem ter cuidado na hora de descartar o produto no meio ambiente. Além do risco de contaminação ao descartar o líquido, as embalagens vazias da bebida também podem contaminar a natureza.
A dica é não tocar no produto sem luvas e não descartar na pia ou em ralos, para que o líquido não chegue a rios e no oceano. Caso alguém tenha cervejas da Backer em casa e queira descartá-las, mas não sabe como, a recomendação do ambientalista é procurar as prefeituras e pedir ajuda para destinar o produto para um aterro sanitário.
Intoxicação
Quatro mortes já foram confirmadas pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais em decorrência de intoxicação por dietilenoglicol, substância tóxica encontrada nas cervejas da Backer. Quatorze pessoas estão internadas com sintomas da síndrome nefro-neural, causada pela intoxicação.
A substância dietilenoglicol foi encontrada dentro de garrafas de quatro marcas produzidas pela cervejaria Backer. Entre elas, a Capixaba vendida no Espírito Santo.
Entre as hipóteses para a contaminação, segundo a polícia, estão vazamento da substância, uso incorreto do produto ou sabotagem. A cervejaria, que fica em Belo Horizonte, permanece interditada pelo Ministério da Agricultura.
* Com informações do repórter Laércio Campos, da TV Vitória / Record TV