A Justiça negou o pedido de habeas corpus de Wagner Nunes de Paulo, que está preso preventivamente. O rapaz é acusado de atropelar e matar Amanda Marques. A jovem de 20 anos morreu em abril de 2021 em um acidente na Rodovia Darly Santos, em Vila Velha.
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A defesa de Wagner entrou com um pedido liminar para que a prisão preventiva fosse revertida para medidas cautelares. O desembargador Adalto Dias Tristão, no entanto, negou o pedido.
“Não vislumbro que há, ao menos nesta análise superficial própria do momento processual deste writ, elementos suficientemente convincentes para deferimento da liminar requerida“, explicou o juiz na decisão de 26 de outubro.
O advogado que representa as vítimas, Fábio Marçal, disse que a decisão do desembargador foi acertada e é importante para dar celeridade ao julgamento.
“Eu entendo que foi acertada a decisão do desembargador que negou a liminar. Tendo em vista a gravidade dos fatos, tudo que aconteceu no dia do acidente, as pessoas que tentaram dar fuga à ele, as supostas ameaças que as testemunhas sofreram no local. Elas podem correr risco com ele solto. Entendemos que ele tem que continuar preso para dar celeridade ao julgamento”, frisou.
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A defesa de Wagner se manifestou por meio de nota. Os advogados disseram que, após assumir recentemente a defesa, não irão mediar esforços e não irão deixar de buscar a liberdade de Wagner por entender que medidas menos gravosas são suficientes para o caso concreto.
“Foi feito o recurso contra a decisão que pronunciou o cliente e impetrado habeas corpus, que teve a sua liminar indeferida, mas acreditamos que será verificado, no julgamento definitivo, que as medidas diversas são capazes de substituir a prisão preventiva outrora decretada”.
A nota é assinada pelos advogados David Metzker Dias Soares, Rodrigo Corbelari Pereira e Isabela de Mariz Portella.
Relembre o caso: jovem e namorado foram atingido por carro em rodovia de Vila Velha
A colisão que resultou na morte de Amanda Marques aconteceu em 17 de abril de 2021. A jovem estava com o namorado, Matheus Silva, em uma motocicleta. O casal tinha visitado a mãe de Amanda, no bairro Jockey, e seguiam de volta para casa pela Rodovia Darly Santos.
Na altura do bairro Jardim Asteca, a motociclista em que Amanda e Matheus estavam foi atingida pelo carro dirigido por Wagner.
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Amanda não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O namorado foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência, em Vitória. Matheus teve alta dez dias depois do acidente.
Segundo testemunhas, o carro que Wagner conduzia estava em alta velocidade e ele estaria bêbado na hora do acidente. Além de bater na moto, segundo testemunhas, ele tentou fugir do local.
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Wagner foi denunciado pelo Ministério Público do Espírito Santo por homicídio por dolo eventual e tentativa de homicídio por dolo eventual, com a qualificação de não oferecer possibilidade de defesa das vítimas. Ele irá a júri popular.
