O anonimato da mulher que desde junho de 2000 está internada em estado vegetativo no Hospital da Polícia Militar, em Vitória, pode estar com os dias contados. Após o caso ganhar repercussão nacional, a Promotoria de Justiça Cível de Cidadania de Vitória, do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), recebeu, até às 16 horas desta quarta-feira (20), 82 ligações de possíveis parentes de Clarinha. A história do caso da paciente foi divulgada pela TV Vitória/ Record, em 2009.
De acordo com informações do MPES, todas as ligações recebidas passam por uma triagem, para verificar a compatibilidade das histórias contadas com a da paciente. Após essa seleção, o Ministério Público separou treze pessoas com histórias próximas e que podem ter alguma ligação com a Clarinha: famílias do Estado e de Minas Gerais, Brasília, Paraná, Bahia, São Paulo, além de duas do exterior, Uruguai e Suíça.
Nos próximos dias, serão coletadas mais informações para, de acordo com a compatibilidade das histórias, dar andamento ao processo de exame de DNA e do Grupo Especial de Trabalho Social (GETSO) do MPES. A realização do exame será gratuita para todos que passarem por essa primeira triagem, não importando de qual Estado seja a pessoa, desde que tenha a disponibilidade de vir ao Espírito Santo para a realização do teste.
A Polícia Federal realizou a coleta das digitais da Clarinha, numa tentativa de buscar identifica-la junto ao Instituto Nacional de Identificação (INI), em pesquisa no Cadastro Biométrico de Desaparecidos (Cadê?).