O julgamento do caso Gabriela Regattieri Chermont, que estava marcado para acontecer nesta terça-feira (3), foi adiado novamente. Essa já é a quinta vez que a data sofre alteração. O caso aconteceu há quase 23 anos, em 1996, quando Gabriela foi encontrada morta ao cair do décimo segundo andar de um apart hotel, na avenida Dante Michelini, em Vitória.
O Ministério Público descartou a hipótese de suicídio e apontou o empresário Luiz Cláudio Ferreira Sardenberg, namorado de Gabriela na época, como o autor do homicídio. Para os promotores, ele teria empurrado e jovem da sacada do apartamento.
No entanto, o empresário nega o crime. “Não só ele nega, como o Tribunal de Justiça já o absolveu desta acusação. E os laudos e as provas técnicas produzidas pela Policia Civil capixaba, pela polícia técnica capixaba, indicam que Gabriela, de fato, lamentavelmente, cometeu suicídio”, comentou o advogado.
Quase 23 anos após o caso, a mãe de Gabriela ainda espera por justiça. “Eu só espero a justiça. Gabriela é digna de justiça. Só isso”, desabafa a mãe. Agora, a audiência foi remarcada para primeiro de outubro, às 9 horas. A decisão foi tomada pelo juiz Marcos Pereira Sanchez, após a defesa do acusado apresentar um novo laudo, com data do ano passado.
O advogado André Rocha comentou sobre o quinto adiamento ocorrido neste caso. “Quando é homicídio, o processo é dividido em duas etapas: uma técnica e outra que vai para o júri popular. Mas não é comum demorar tanto tempo para se julgar um processo desse. Tanto a defesa, quanto a acusação, têm até três dias antes do julgamento para apresentarem laudos ou novas provas. O juiz fez bem em adiar o julgamento para não ter nenhum tipo de nulidade mais para frente e demorar mais ainda”, comentou.
O advogado do empresário afirmou, também, que Luiz Cláudio vive angustiado, à espera do julgamento. “Ele quer ser julgado. Não fez qualquer gesto de protelação neste processo”, completou.