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Caso Samarco: após pedido de mineradora, Justiça mantém proibição da pesca na foz do Rio Doce

A região sofre os impactos do desastre socioambiental causado pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Minas Gerais

Foto: Divulgação

A Justiça Federal no Espírito Santo indeferiu o pedido da mineradora Samarco e manteve a proibição, por tempo indeterminado, da pesca na região da Foz do Rio Doce, entre Barra do Riacho, em Aracruz, e a região de Ipiranguinha, em Linhares, norte do estado. 

Movida pelo Ministério Público Federal (MPF), em fevereiro de 2016, a ação aponta para os danos ao meio ambiente, à saúde e à sobrevivência da vida marinha. A região sofre os impactos do desastre socioambiental causado pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana (MG). 

Na decisão que manteve a proibição da pesca de qualquer natureza, com exceção da destinada à pesquisa científica, a Justiça considerou que, “ao contrário do argumento de base invocado pela Samarco, não se extrai dessa manifestação oficial da Anvisa (Nota Técnica Anvisa n. 8/2019) uma afirmação categórica quanto à segurança do consumo de peixes e crustáceos capturados na foz do Rio Doce e região costeira adjacente, depois de a área ter sido atingida pelos rejeitos da barragem de Fundão”.

A fiscalização do cumprimento da medida de interdição da pesca é realizada pelo Ibama, ICMBio e pelo Iema, nos termos de suas respectivas atribuições.

Por meio de nota, a Samarco informou que não vai comentar a decisão da Justiça.

Foto: Thiago Soares/ Folha Vitória
Gabriel Barros Produtor web
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Graduado em Jornalismo e mestrando em Comunicação e Territorialidades pela Ufes. Atua desde 2020 no jornal online Folha Vitória.