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Casos de violência contra a mulher registrados em um ano chocam os capixabas

Entre os casos estão a brutal violência sofrida pela vendedora Jane Cherubin e os assassinatos das jovens Adrielly Mendonça e Ana Carolina Sabino

Foto: Montagem/Folha Vitória

Mais de um terço das mulheres mortas no período de um ano foram vítimas de feminicídio, segundo dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp). De março de 2018 até esta sexta-feira (8), diversos crimes cometidos contra mulheres simplesmente por serem mulheres chocaram os capixabas.

A professora voluntária na APAE Demilene Prates é uma das vítimas da violência contra a mulher. Pelo período de um ano e meio, ela esteve em um relacionamento abusivo. Segundo ela, foi tempo suficiente para viver dias de terror. “Eu chegava em casa ele me cheirava, tomava meu celular pra verificar as mensagens, era horrível”, afirma.

Uma palavra que está sendo muito utilizada para falar sobre a causa da mulher é: empoderamento. Demilene é categórica em dizer que isso não é praticado. “O empoderamento da mulher é acreditarmos que podemos! E que nós, por nós mesmas, conseguimos vencer, sem a gente precisar de ter uma pessoa por trás de nós: um homem”, explica.

Para ela, todos os casos de abusos em relacionamentos começam da mesma forma, o agressor demonstra um controle abusivo em situações do dia a dia e, a partir daí, as agressões se intensificam. “Eu sofri uma violência verbal e depois física. Os sinais são os mesmos para todas nós, é o controle: você não pode mais controlar seu telefone, sua agenda ou suas roupas. Esse direito tirado de você é o princípio, um sinal de que as coisas vão piorar”, alertou.

Em uma conta das redes sociais, Demilene publicou: “O Afeganistão é aqui”. Ela explica a frase com relatos de mulheres que estão sendo mutiladas, queimadas e privadas de liberdades básicas. “Não faz diferença ou não usarmos uma burca”, desabafa Demilene.

Veja abaixo os casos que chocaram os capixabas no período de um ano: