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Castanheiras da Praia do Morro serão cortadas em Guarapari

A intervenção dos vereadores do município, apelos populares e os abaixo-assinados das associações, com mais de mil assinaturas, não foram suficientes para a mudança na decisão dos cortes

Castanheiras da Praia do Morro serão cortadas em Guarapari

Após grande polêmica e repercussão, a Prefeitura de Guarapari mantém a decisão de retirar as duas castanheiras que ficam no final da Praia do Morro, próximo ao Morro da Pescaria. De acordo com as secretárias de Meio Ambiente e Agricultura, Thereza Cristina, e de Análise e Aprovação de Projetos, Milena Moreira, o corte das árvores já consta no Plano de Manejo do Morro da Pescaria e que, mesmo que não existissem obras no local, as duas castanheiras terão que ser retiradas por prejudicarem outros espécimes do Parque.

Idosos se exercitam toda manhã na sombra das castanheiras

“Nosso biólogo explicou que as castanheiras são exóticas, não nativas e que elas são espécimes invasoras fazendo mal a unidade de conservação do Morro. São 17 árvores no local, nascidas a partir das castanhas levadas por animais, provenientes dessas duas”, explicaram as representantes do poder público.

A questão sobre o corte das castanheiras na Praia do Morro foi colocada em pauta durante duas audiências públicas realizadas em março, na Câmara de Vereadores de Guarapari. As reuniões foram uma tentativa da Comissão de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca de unir forças junto à população e solicitar que as castanheiras fossem mantidas no projeto do Centro Cultural e Turístico, no antigo Stay. “Essa é a função do parlamento, que, além de fiscalizar, faz a ponte entre a população e o executivo, um ponto de equilíbrio. Saber que os espaços públicos serão administrados da melhor forma possível”, pontuou Thiago Paterlini, presidente da Comissão.

A presidente da Associação de Moradores da Praia do Morro, Fátima Fonseca, relatou que a associação tem a previsão de entrar com um pedido, hoje (02), junto à Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura de Guarapari para que sejam plantadas árvores adultas, com o objetivo de minimizar as consequências desses cortes.

Apesar das várias tentativas, as árvores serão realmente cortadas

Em tempo

Na ocasião, questionamentos foram feitos pelos vereadores presentes, Thiago Paterlini, Marcos Grijó, Lennon Monjadim e Denizart Zazá, em relação à ordem de serviço do projeto do Centro Cultural e Turístico no Morro da Pescaria. O que vai funcionar? Foi apresentado ao Conselho de Turismo? Porque mudar o Ciac de lugar? E o videomonitoramento, qual custo da remoção?

A arquiteta, urbanista e engenheira da Prefeitura, Juliana Breda, respondeu em parte os questionamentos levantados. “O nosso funcionário responsável pela tecnologia da informação falou que não haverá necessidade de realocar a antena do videomonitoramento porque a transmissão é por fibra ótica. Sempre colocamos mais árvores no local das obras que as existentes no projeto original”.

Segundo a arquiteta, o Ciac é uma estrutura móvel e pode ser realocada em outro lugar, já que sua equipe será transferida para o antigo Stay, e o projeto desta obra foi apresentado no Conselho de Turismo, que não concordou com a transferência do videomonitoramento e com o corte das Castanheiras. “Não houve aprovação, mas apresentação”, explicou Juliana.