O Governo do Estado, em parceria com a Rodosol, guardas municipais de Vitória e Vila Velha e Batalhão de Trânsito da Polícia Militar começaram a atuar a partir desta sexta-feira (5) em conjunto para diminuir os engarrafamentos na Terceira Ponte nos horários de pico.
Todas os dias, a partir desta sexta-feira , uma central de controle integrada passa a funcionar na praça do pedágio para tentar diminuir os engarrafamentos, como explicou o secretário estadual de Segurança, André Garcia.
“Haverá agentes de trânsito em Vila Velha e em Vitória nas ruas. Dentro da sala de videomonitoramente haverá cinco profissionais atuando (Batalhão de Trânsito, guardas de Vila Velha e Vitória, Batalhão de Trânsito e Secretaria de Estado de Segurança). Atuando em conjunto”, explicou o secretário.
Garcia afirmou que a equipe atuar todos os dias, a partir de 7 horas até quando durarem os engarrafamentos ou o grande fluxo de veículos. E à tarde, a partir das 17 horas. Reuniões serão realizadas semanalmente para avaliar a eficácia da medida e Garcia não descartou que novas ações para desafogar o trânsito sejam tomadas.
Perguntando se a nova ação serveria também para o Governo fiscalizar a atuação da Rodosol na agilidade na remoção de carros com pane na ponte, Garcia disse que “esse não é o propósito e sim facilitar a mobilidade, mas é óbvio que qualquer irregularidade serão monitoradas pelos agentes”, garantiu Garcia.
Na última semana, a concessionária que administra a ponte, a Rodosol, divulgou que depois da liberação do pedágio, o número de carros passando pela Terceira Ponte cresceu, de 78 mil para 96 mil veículos por dia. Nos finais de semana, o fluxo de veículos aumentou em 26%.
E com o aumento de veículos, além dos engarrafamentos, outra consequência foi o crescimento no número de acidentes. Segundo a Rodosol, de 1º de maio a 20 de agosto de 2014, as ocorrências aumentaram em 13%, em relação ao mesmo período de 2013.
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Promotor sugere volta do pedágio
O Ministério Público do Espírito Santo está de olho no aumento do fluxo de trânsito na Terceira Ponte. Para o promotor Marcelo Lemos, o problema é causado pela falta de planejamento da Rodosol, empresa que administra a via. Com o pedágio suspenso mais pessoas ficaram a vontade para usar a ponte, mas a estrutura física permaneceu a mesma. O promotor sugere a implantação do pedágio para acabar com os congestionamentos.
Com base na lei de mobilidade urbana, publicada em 2012, duas alternativas poderiam ajudar a desafogar o trânsito na Terceira Ponte. Uma delas seria um rodízio de veículos, a exemplo do que já acontece em São Paulo. Mas para o promotor a melhor opção seria a implantação de um pedágio público urbano.
“O diferencial do outro pedágio, além dele ser público, ele é flexível. Você pode, por exemplo, liberar nos fins de semana e feriados, cobrar mais caro nos momentos de pico, nos momentos de pico médio ele ser mais em conta e no momento em que a ponte está mais livre ele pode ser totalmente gratuito, para que as pessoas se eduquem para a utilização do equipamento público”, explica o promotor.
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