Geral

Centro de Assistência Social realiza quase 2 mil atendimentos no período de isolamento em Vitória

Foram realizadas 164 consultas processuais de situações dos munícipes acompanhados. A equipe do Creas fez 1.025 estudos de caso com a rede intersetorial e com o sistema de garantia de direitos

Foto: Divulgação Semas

O Centro de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), mantiveram o atendimento remoto aos usuários e as visitas domiciliares emergenciais perante agendamento prévio, para acompanhar as famílias que sofrem violação de direitos durante a pandemia do coronavírus. De 18 de março a 27 de maio, foram realizados 1.779 atendimentos:

851 do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Paefi)

– 475 atendimentos a adolescentes em conflito com a lei;

– 453 atendimentos do Serviço Especializado de Atendimento Domiciliar (Sead)

– Foram realizadas 164 consultas processuais de situações dos munícipes acompanhados. A equipe do Creas fez 1.025 estudos de caso com a rede intersetorial e com o sistema de garantia de direitos.

Público

Quem mais buscou os serviços do Creas foram os adultos na faixa etária de 30 a 59 anos, à frente de adolescentes/jovens e dos idosos. As violações que mais comparecem são negligência ou abandono por familiares, agressão verbal ou ameaça, violência financeira, conflito familiar, agressões físicas e trabalho infantil.

“Mantivemos os encaminhamentos do nosso público-alvo para inserção nos serviços socioassistenciais na pespectiva de garantir os direitos e superação de violações. Estamos funcionando de segunda a sexta-feira, das 9 às 15 horas. Mas estamos seguindo todos os protocolos de prevenção e combate ao coronavírus”, disse a coordenadora dos Creas, Fabiola Calazans.

Visita

Nesta última terça-feira (26), a terapeuta ocupacional Gabriela Queiroz Vieira Neves e a assistente social Viviane Maria Pessoa, do Creas Maruípe, fizeram dois trabalhos de visitas domiciliares. Gabriela contou como foram os atendimentos:

“Desde o início da pandemia da Covid-19, a equipe Sead tem realizado diversas tentativas de contato com essas famílias, mas não obtivemos êxito. Dessa forma, avaliamos ser pertinente a realização do atendimento domiciliar, tendo em vista serem pessoas classificadas como grupo de risco – idosa e pessoa com deficiência -, além de suas comorbidades de saúde e situação de vulnerabilidade social em que já se encontravam. Importante frisar ainda que ambos circulam muito pelo território, antes mesmo desse período. Desse modo, entendemos que a família precisa ser orientada e atendida para, juntos, buscarmos estratégias a fim de garantir a proteção social dos indivíduos e suas famílias”, contou Gabriela.

Ela ainda ponderou quais procedimentos foram adotados nesses dois casos específicos: “A equipe avaliou ser necessário levar para uma munícipe atividades que já eram desempenhadas por ela com as técnicas do Creas. São atividades que são dentro de seu interesse e habilidade, tais como manuais, visando, assim, enriquecer o seu repertório ocupacional. Para a outra pessoa, que é um idoso com deficiência, a equipe realizará os encaminhamentos necessários junto à rede socioassistencial e aos sistemas de garantia de direitos”.

Situação de rua

Nesse período, o Serviço Especializado de Abordagem Social (Seas) realizou 208 abordagens a pessoas em situação de rua.

“O Serviço Especializado de Abordagem Social (Seas) trabalha em regime de escala e realiza o monitoramento dos territórios da cidade. Atuamos onde estão as maiores concentrações de população em situação de rua, em dias e turnos pré-definidos, dando prioridade a solicitações internas, bem como àquelas vindas dos chamados de 156, especialmente aqueles realizados pelos próprios usuários”, explicou a coordenadora do Serviço Especializado em Abordagem Social, Luciana Gatti Constantino.

“Estamos seguindo as orientações do Ministério da Saúde, e todos os atendimentos estão sendo feitos mediante agendamento. Além de estarmos seguindo todos os protocolos, todos os servidores usam máscaras e seguem as orientações no local sobre higienização e respeito ao distanciamento de um atendimento para o outro. Nossos ambientes estão sempre arejados e limpos também”, explica a gerente de Proteção Social Especial de Média Complexidade da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), Marcileia Xavier Soares.

Como procurar

– Centro de Referência Especializado da Assistência Social – Região Bento Ferreira

– Avenida Carlos Moreira Lima, 445, Bento Ferreira. Telefones: 3132-1719 / 3223-2331

– Centro de Referência Especializado da Assistência Social – Região Centro

– Rua Aristides Freire, 36, Centro. Telefone: 3132-8065

– Centro de Referência Especializado da Assistência Social – Região Maruípe

– Rua Dom Pedro I, 43, Maruípe. Telefone: 3233-3420.

*Prefeitura de Vitória