A Associação dos Motoristas de Aplicativos do Espírito Santo (Amapes), realizou uma pesquisa que constatou que 19% dos profissionais já foram assaltados e 64% dos crimes foram cometidos pelos próprios passageiros. Os dados foram apresentados durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes Cibernéticos, nesta terça-feira (20).
Segundo informações da associação, na ocorrência dos roubos, em 72% dos casos os motoristas foram chamados por meio dos próprios aplicativos. O presidente da Amapes, Luiz Fernando Muller afirmou que as ocorrências seguem, na maioria das vezes, o mesmo modelo.
“É criado um perfil falso normalmente com nome de mulher e, quando o motorista busca a suposta passageira, é abordado por um assaltante. Se é um perfil falso, o que as plataformas estão fazendo para nos ajudar?”, questionou Muller.
Semanalmente, são registrados oficialmente de sete a oito assaltos deste tipo, mas o representante da categoria relata que nos grupos de mensagens entre os motoristas, todos os dias são relatadas de cinco a sete queixas. No total, existem aproximadamente 12 mil motoristas cadastrados em aplicativos de transporte de passageiros no Espírito Santo.
Após a reunião, o presidente da CPI, deputado Vandinho Leite (PSDB) decidiu por realizar uma audiência pública em conjunto com a Frente Parlamentar em Defesa dos Motoristas de Aplicativos e da Comissão de Segurança, para achar resoluções sobre o tema, no próximo dia 19 de setembro, às 10h, no Plenário Dirceu Cardoso. Ministério Público Estadual, Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social e as empresas que prestam esse tipo de serviço de transporte, serão convidados a participarem.