Chamados de extratropical, ciclones são comuns nesta época do ano. O ciclone nada mais é do que um intenso sistema de baixa pressão atmosférica. O fenômeno está associado a uma frente fria e provoca temporal, ventania, queda de árvores e baixa na temperatura.
O fenômeno que atinge a região sul do país e já provocou ao menos dez mortes ganhou o nome de “ciclone bomba”. A meteorologista do Tempo Agora, Doris Santos Palma, explica que a expressão se deve à queda drástica de pressão.
“Essa queda intensa e brusca de pressão não é comum. Fez com que a pressão caísse rapidamente 24 hectopascal. Quando o ciclone se formou ontem, veio com forte chuva e ventos de 90 km/h. Isso provoca queda de árvores, destelhamento de casas e o mar fica agitado”, explicou Doris.
As rajadas de vento foram de 120 km/h provocando grandes estragos nas regiões.
O ciclone avança agora para a região sudeste, mas está perdendo intensidade. “Em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, os efeitos não vão se comparar aos do sul. Mas a ventania continua intensa, o litoral terá mar agitado e, em São Paulo, vai ter mais chuva e queda de temperatura”, garantiu a meteorologista
O monitoramento do ciclone é constante e, segundo os meteorologistas, a queda de pressão costuma ocorrer em 24 horas. “Agora ele está se afastando para o oceano e, por estar associado à frente fria, vai chegar ao sudeste do país com menor intensidade, ainda assim com ventos que podem chegar a 100 km/h em São Paulo”, afirmou a meteorologista.
É possível prever a formação de um ciclone, por isso cabe aos órgãos responsáveis, como a Defesa Civil, emitir alertas à população sobre a ocorrência de fortes temporais e ventos. O objetivo é prevenir a ocorrência de tragédias, como mortes.
Com a continuidade dos ventos, é preciso atenção porque as estruturas já estão danificadas e podem ocorrer novos acidentes com vítimas. A Marinha também emitiu um alerta de ressaca do mar desde o Rio Grande do Sul até o Rio de Janeiro.
*Com informações do Portal R7