A pandemia do coronavírus causou a suspensão de vários serviços, mas algumas atividades não podem ser adiadas, como é o caso da fisioterapia. Quem realmente precisa, deve continuar o tratamento seja nos studios ou com a ajuda da internet.
O trabalho numa clínica em Laranjeiras, na Serra, recomeçou na semana passada, depois que o governo do Estado liberou o retorno das atividades. Mas para evitar contaminações, o atendimento é restrito aos pacientes que sofreram alguma lesão grave.
De acordo com a fisioterapeuta Clarissa Andrade, apenas pessoas que não podem postergar o tratamento estão sendo atendidas. “São pacientes que fizeram uma cirurgia ou que sofreram algum tipo de acidente e que não podem ficar sem o tratamento. A gente tem atendido muito pós operatórios, vítimas de acidentes e até de paralisias faciais, que nesse momento de estresse, estão aumentando”, disse.
Os funcionários da recepção fizeram um treinamento para orientar também quem liga para a clínica. “Instalamos ventilador, deixamos as janelas abertas e atendemos os pacientes com uma certa distância”, explicou Clarissa.
A fisioterapia é dividida em duas áreas: motora e respiratória, sendo a segunda importante para a recuperação de pacientes infectados pelo vírus.
“A doença atinge principalmente os pulmões, então fazemos vídeos, e enviamos para nossos pacientes e divulgamos nas redes sociais, uma série de exercícios tanto para quem já foi infectado pelo coronavírus quanto para quem quer se prevenir”, contou a especialista.
Já a fisioterapia motora é importante para corrigir e reestabelecer as condições físicas do paciente. Neste caso, o tratamento deve ser acompanhado de um profissional especializado.
“A maioria desses pacientes precisam de uma amplitude de movimentos, ganhar força muscular e se eles abandonarem esse tratamento, eles tem todo processo, as vezes até cirúrgico, perdido, eles vão gerar uma atrofia ou uma perda de mobilidade, que vai atrapalhar nas atividades da vida diária dele”, disse a especialista.
Mas em tempos de isolamento social, os profissionais estão precisando inovar, para conseguir atender seus pacientes.
“Existem pacientes que mesmo precisando do tratamento, eles não podem vir até a clínica, pois estão no grupo de risco. Então a gente tem orientado a esses pacientes fazerem um atendimento online. Nosso conselho liberou esse tipo de atendimento e nós estamos fornecendo”, contou a fisioterapeuta.
A professora aposentada Isabel Rabelo e o engenheiro Célio Márcio são idosos e fazem fisioterapia há vários anos, mas agora, temendo o contágio do novo vírus eles escolheram manter os cuidados pela internet. “A gente mora no Espírito Santo, mas tivemos que vir para São Paulo e a fisioterapia online tem nos atendimento perfeitamente, disse Célio.”
* Com informações da repórter Suellen Araújo, da TV Vitória / Record TV