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Clonagem de WhatsApp cresce 11% em maio e atinge 407 mil usuários em meio à pandemia

As promessas de falsos benefícios, como páginas falsas que simulam o saque do FGTS, foi a temática mais utilizadas pelos cibercriminosos, atingindo mais de 27 milhões de acessos e compartilhamentos

Foto: Rádio Mais

Há algum tempo já estamos ouvindo falar à respeito dos golpes aplicados através do WhatsApp. Os criminosos estão cada vez mais apostando em estratégias para atrair as vítimas e roubar as contas no aplicativo de mensagem, a conhecida clonagem. 

O dfndr lab, laboratório especializado em segurança digital da PSafe, realizou um levantamento a respeito do cenário da cibersegurança no país referente a maio deste ano. De acordo com o estudo, estima-se que 407 mil brasileiros tiveram o WhatsApp clonado em todo país, um aumento de 11% em comparação com abril.

Além disso, São Paulo segue liderando a lista de estados mais afetados, com 81,6 mil vítimas, em seguida está Rio de Janeiro, com 53,5 mil e Minas Gerais, com 36,2 mil.

Apesar de o próprio WhatsApp já ter divulgado orientações do que fazer caso seja vítima deste ataque e como evitá-los, os especialistas temem que a nova função de pagamentos dentro do aplicativo atraia ainda mais os golpistas.

Para o diretor do dfndr lab, Emilio Simoni, é possível que a chegada da nova tecnologia de pagamentos dentro do mensageiro expanda os vetores de ataques disponíveis para criminosos. “Com o aumento do número de clonagens, por exemplo, é possível que o WhatsApp Payments seja explorado pelos criminosos para obter recursos financeiros das vítimas. Além disso, os atacantes encontrarão formas de conseguir acesso aos celulares dos usuários para efetuar pagamentos e transferências até atingir o limite disponível”, explica.

Ainda de segundo com o estudo, em maio foram detectados 136 mil golpes únicos. Juntos, esses ataques impactaram 10,6 milhões de usuários em todo o país. As promessas de falsos benefícios, como páginas falsas que simulam o saque do FGTS, foi a temática mais utilizadas pelos cibercriminosos, atingindo mais de 27 milhões de acessos e compartilhamentos.

Simoni listou alguns cuidados que todos os usuários devem ter para não cair em golpes:

– Mantenha um bom sistema de segurança instalado no seu celular. Dê preferência para um que tenha tecnologia para bloquear golpes no WhatsApp.

– Antes de realizar qualquer tipo de pagamento, fornecer seus dados pessoais ou informações bancárias certifique-se que a pessoa com que você está se comunicando é confiável. Além disso, tenha cuidado ao clicar em links compartilhados no WhatsApp ou nas redes sociais.

– Ative a autenticação em dois fatores, disponível no próprio WhatsApp, para aumentar a segurança da conta.

– Em caso de dúvida sobre as medidas de proteção que estão sendo tomadas quanto à segurança de alguma transação que você realizou, procure seu banco.

Com informações do portal R7