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Cloroquina: "No momento em que houver evidências científicas, que recomendem o uso seguro em pacientes leves, o ES vai adotar", diz secretário

Nésio Fernandes explicou em quais casos o medicamento é utilizado atualmente e garantiu que o Estado usa a ciência como diretriz para enfrentar a pandemia

Foto: Divulgação

Em entrevista coletiva, via internet, na tarde desta segunda-feira (18), o secretário de saúde do Espírito Santo Nésio Fernandes, afirmou que o Estado utiliza medicamentos a base de hidroxicloroquina e pacientes graves desde o início da pandemia do coronavírus.

Segundo o secretário, havendo indicação da gravidade do paciente, o remédio é utilizado. Porém, em casos leves, como defendem algumas figuras da sociedade, como o presidente da república Jair Bolsonaro, o medicamento não é administrado.

“Não há evidências científicas suficientes que recomendem utilizar a cloroquina em pacientes leves. No momento em que houver evidências científicas, que recomendem o uso seguro da medicação em pacientes leves, o Espírito Santo, orientado pela ciência, orientado pelas melhores práticas e na segurança do paciente, nós iremos adotar. Seja cloroquina, seja qualquer antibiótico, qualquer antiviral. O estado do Espírito Santo adota a ciência como diretriz para suas decisões” reforçou.

Ainda segundo o secretário a utilização do medicamento não pode se basear em polêmicas políticas. “Esse não é um assunto para polarização política. Esse não é um assunto para polêmicas que não são científicas”, disse Nésio. 

O debate da administração da cloroquina em pacientes graves foi o motivo da saída do ex-ministro da saúde Nelson Teich na última sexta-feira (15). Os resultados de estudos recentes sobre a hidroxicloroquina no combate ao coronavírus ainda são insatisfatórios. Por isso, a dificuldade de Teich em aceitar o medicamento. 

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