A água tem sido uma constante preocupação em todo o mundo. No Espírito Santo, neste longo período de estiagem, o seu aproveitamento e o seu armazenamento têm sido prioridades.
Por conta disso Colatina também desenvolve seus projetos para amenizar os danos causados pela falta de chuvas, em busca de alternativas de preservação e também de obtenção das ofertas hídricas que surgem e a sua reservação nas propriedades.
Uma delas é a construção de cerca de 50 barragens em diversos locais do interior do município, tem como o objetivo, de armazenar água para irrigar as lavouras e para outras atividades.
De acordo com as informações do secretário Lauristone de Silva, os projetos foram elaborados pelo Incaper (Instituto Capixaba de Assistência Técnica e Extensão Rural) e aprovados pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS), e já contam com a Dispensa de Licenciamento fornecida pelo Idaf (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal)
Segundo o secretário, o custo total estimado para a construção das barragens é de R$ 1,2 milhão. “Na grande maioria, serão barragens de terra com volume de armazenamento de até 10 mil metros cúbicos de água. Serão obras realizadas com recursos federal e estadual e em parcerias que ainda serão definidas”.
As barragens são feitas para fazer o barramento superficial das águas dos cursos d´água (córregos e rios) e das chuvas. De acordo com a Secretaria, são inúmeros os seus benefícios, porque além de armazenarem água para as atividades agropecuárias, elas regulam o fluxo dos cursos d´água, proporcionam ou oferecem alternativa econômica ao produtor, já que ele pode utilizar a barragem para a criação de peixes (piscicultura) e também diminuem a pressão sobre a utilização desenfreada das nascentes.
O secretário informou também que serão construídas cerca de 4 mil caixas secas, que funcionam para armazenar água da chuva e potencializam o solo das propriedades rurais. Juntamente com as obras de manutenção das caixas já existentes, que serão iniciadas em abril, o custo será de R$ 1,3 milhão.
A caixa seca é um buraco cavado em encostas nas margens das estradas que capta a água da chuva e os sedimentos levados por ela. É um método que evita enxurradas, voçorocas, assoreamento dos rios e depredação das estradas, além de contribuir para o abastecimento do lençol freático e a vazão dos rios. O reservatório impede que a água arraste partículas sólidas, ao mesmo tempo que se infiltra no lençol freático e garante o abastecimento das nascentes no período de seca.
Para dar suporte principalmente aos projetos de barragens e de caixas secas, para armazenamento e aumento da oferta hídrica no campo, a Semder vê a necessidade de requisitar a aquisição máquinas e veículos.