É possível dar significado pessoal e compor ambientes cheios de afeto, conforto, identidade e conexão através de fotos, objetos, aromas, entre outros detalhes.
Um lar deve incorporar funcionalidade, conforto, beleza, alegria e uma narrativa pessoal. A decoração afetiva tem ganhado cada vez mais destaque nos projetos de arquitetura de interiores, levando para cada canto da casa um pouco da identidade de quem a habita.
“Os projetos de interiores têm evoluído nesse sentido, refletindo em cada canto a personalidade de seus habitantes, um lar que conta história, misturando arte, objetos antigos e novos, fotos, cheiros, suvenires e contemporaneidade”, explica a arquiteta Ximene Villar.
De acordo com a profissional é possível mesclar as experiências que fazem parte da história de vida do morador criando conexões entre elas. “O segredo é conversar com o cliente e compreender como os objetos e as memórias despertam sentimentos, permitindo assim, a criação do projeto de maneira mais eficaz” destaca.
Para o Loft Corpo & Morada, ambiente que Ximene Villar assina na Casacor ES, ela destaca o uso da decoração afetiva, em um projeto de interiores todo elaborado em homenagem à avó. “Através da ressignificação de objetos dela, que era poetisa, como os poemas guardados há décadas dispostos no ambiente, eu conto sua história, através do tapete, fotografia, o aroma parecido com o que ela gostava, livros, móveis e obras de arte, e até uma taça de vinho com batom vermelho (nunca a vi sem batom) deixada no ambiente, como ela fazia”, explica Ximenes.
A profissional ainda acrescenta que a decoração afetiva vai além de simplesmente escolher objetos bonitos para um espaço. “É sobre priorizar tudo que tem significado pessoal, que estejam conectados às histórias e vivências das pessoas e misturar harmoniosamente”, finaliza Villar.
A interação entre todos estes elementos pode ser conferida através do mobiliário clássico, das obras de arte de diversos artistas brasileiros, entre eles José Bechara, Manfredo de Souzanetto, Mai-Britt Wolthers, Juarez Machado, Sérgio Rodrigues e Fernando Papagaio, sob curadoria da Matias Brotas Arte Contemporânea.