
A chuva que atinge o município de Marataízes nos últimos dias tem causado transtornos aos moradores e mudou a rotina de um casal de idosos, que teve o imóvel foi interditado pela Defesa Civil do município.
Sem ajuda da prefeitura e sem ter para onde ir, o cabeleireiro Gentil Paula Gama, de 72 anos, e a esposa, Dulcinéia de Souza Gama, de 63 anos, tiveram que se mudar para o salão de beleza onde ele trabalha.
A residência, localizada na rua Goiás, no bairro Ilmenita, foi interditada, depois que um vizinho, da parte superior do terreno, jogou terra na encosta. Com grande risco de desmoronamento, o casal não teve tempo nem mesmo de retirar os móveis. “Só conseguimos tirar alguns pertences porque a Defesa Civil nos acompanhou e, assim mesmo, teve que ser tudo rápido”, conta Gentil.
Eles denunciaram o problema na prefeitura do município em fevereiro deste ano. Com as chuvas dos últimos dias, a situação complicou. “Nossa casa está correta e foi construída de forma regular. O problema todo foi com o terreno na rua de cima, e agora, com a chuva, duplicou o risco de desmoronamento. Na época procuramos a Defesa Civil, que notificou a prefeitura e a obra foi embargada. Foi feita também a solicitação da retirada do barro, mas a Secretaria de Serviços Urbanos diz que não tem como fazer o trabalho no período de chuvas, e foi virou um jogo de empurra”, continua o cabeleireiro.
Interdição
Com a casa interditada e sem amparo, o casal de idosos se mudou para o salão, onde Gentil trabalha. A sala de depilação foi transformada no quarto do casal. “É um comércio. O banheiro mal dá para tomar banho, não temos quarto. Não queremos nada além do que temos direito e não conseguimos respostas ou temos solução para o nosso problema”, ressalta.
O casal procurou a prefeitura para tentar receber ajuda de custo do aluguel social. “Eles nos disseram que tem todo o trâmite a ser feito. Então, procuramos o Ministério Público, que nos encaminhou para o Fórum. Lá, nos mandaram novamente para o MP, que disse que poderia tentar nos ajudar de modo informal. Precisamos que algo seja feito. Até agora, somente a Defesa Civil nos deu orientação e amparo”, completa Gentil.
A prefeitura de Marataízes já recebeu a demanda da família e estuda o caso.