A atualização mais recente do Monitor de Secas aponta que a região nordeste do Espírito Santo, próximo a divisa com a Bahia, voltou a registrar seca em maio. O fenômeno não era observado no estado desde fevereiro.
A climatologia do Espírito Santo teve uma baixa média de chuvas em maio, caracterizada por acumulados inferiores a 90mm. Foram observados volumes abaixo da média em quase todo o território capixaba. Os indicadores demonstram um surgimento de seca fraca na região do litoral norte.
Minas Gerais também registrou aumento na seca na comparação com abril. . Mas o cenário em Minas é diferente do vivenciado no território capixaba. No estado vizinho, houve um agravamento da situação especialmente no Triângulo Mineiro e região do Paranaíba.
As variações na chuva podem ser observadas em diferentes regiões do país. Enquanto o mês de maio é o segundo do período chuvoso no leste do Nordeste, no Sudeste o mesmo período registra seca. Em Sergipe, por exemplo, as regiões com seca não tiveram variação.
Em contrapartida, as chuvas de maio possibilitaram a redução das áreas de seca em nove estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Tocantins.
Segundo a climatologia de maio, os maiores volumes de precipitação, com valores acima de 250mm, ocorrem no norte do Maranhão e no litoral leste do Nordeste. Já os menores volumes precipitados, com valores inferiores a 50mm, são esperados no oeste da Bahia e de Pernambuco, no sudeste do Piauí e norte de Minas Gerais.
O Monitor de Secas abrange os nove estados do Nordeste, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Tocantins. A previsão é que Goiás seja o próximo estados a se juntar ao Monitor. Essa ferramenta realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores de seca e nos impactos causados pelo fenômeno em curto e/ou longo prazo.
A ferramenta é utilizada para auxiliar na execução de políticas públicas de combate à seca. O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas.
No Espírito Santo, a Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH), o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER), a Defesa Civil do Espírito Santo e a Companhia Espírito-Santense de Saneamento (CESAN) atuam no monitoramento.