Em Marataízes, uma lei aprovada há algumas semanas, passa a proibir a lavagem de calçadas externas com utilização de água tratada. A multa para quem infringir a nova lei é de um quarto do salário mínimo vigente.
Com a nova medida e a crise hídrica, o município aumentou a fiscalização e a população vem procurando alternativas para driblar a situação e continuar lavando suas calçadas.
O engenheiro civil Zilmar Geaquinto Filho, morador do balneário desde que nasceu, aderiu a um sistema simples, porém eficaz e já está reaproveitando a água de chuva para a lavagem dos espaços externos de sua residência que fica na Rua Pará, no bairro Ilmenita.
“A ideia é coletar toda a água das chuvas que caem no telhado de casa utilizando calhas”, explica o engenheiro. Mas, segundo ele, é importante instalar um registro intermediário que permita regular a lavagem inicial da cobertura e a coleta. “A água suja da primeira chuva na cobertura segue para a rede de drenagem pública. Após meia hora fechamos o registro e aí, sim, tem início a coleta de água”, complementa Geaquinto.
O engenheiro construiu cisternas subterrâneas sob a garagem de sua casa e uma rede independente da água potável. A água coletada no reservatório é elevada por bombeamento. “Instalei torneiras específicas para a água de reuso, que serve para lavar carros, calçadas, vidros e irrigar plantas”, comenta.
Geaquinto garante que o investimento não é alto e que os resultados são muito benéficos, tanto ao meio ambiente, quanto ao bolso, pois o maior volume de água potável era utilizado nos serviços de casa que, agora, são feitos com a água aproveitada. “Para a lavagem do carro são necessários aproximadamente cento e cinquenta litros de água e meu antigo reservatório era uma caixa d’água de mil litros. Hoje tenho uma cisterna que comporta dezesseis mil litros. É água pra ‘caramba’ e de graça”, comemora.