Você já ouviu falar em bisfenol-A ou BPA? Talvez você não conheça, mas certamente já entrou em contato com ele. O bisfenol-A é uma substância química utilizada, principalmente, na produção de policarbonato e em vernizes epoxi.
A polêmica sobre o BPA surgiu a partir de estudos recentes que levantaram dúvidas quanto à sua segurança. Isso abriu discussão sobre o assunto em diversos países, demandando posicionamento de órgãos reguladores assim de organismos supranacionais, como a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Segundo a nutricionista Estela Reginatto, bisfenol-A ou BPA pode ser encontrado em mamadeiras, marmitas plásticas, copos descartáveis ou plásticos, embalagens plásticas em geral, talheres e pratos descartáveis, squeeze, garrafões de 20L de água, enlatados (como revestimento interno em refrigerantes, comidas enlatadas e leite em pó), CD e DVD.
“O bisfenol-A também conhecido como BPA é uma molécula muito instável e pode migrar dos produtos para os alimentos apenas com mudanças de temperatura (tanto aquecidas quanto refrigeradas) ou danos à embalagem. Mesmo pequenas mudanças de temperatura, são o suficiente para liberar o bisfenol-A”, fala a nutricionista.
Em 2010 a OMS realizou uma reunião com especialistas de vários países para discutir o assunto e a conclusão do relatório destaca os seguintes pontos: para muitos dos desfechos estudados a exposição ao BPA é muito inferior aos níveis que causariam preocupações, não incorrendo em problemas de saúde; estudos de toxicidade sobre desenvolvimento e sobre reprodução, nos quais são avaliados os desfechos convencionais, somente apresentam problemas em doses elevadas, quando apresentam; alguns poucos estudos mostraram associação de desfechos emergentes (como desenvolvimento neurológico específico ao sexo, ansiedade, mudanças pré-neoplásicas nas glândulas mamárias e próstata de ratos e parâmetros visuais do esperma) com doses mais baixas de BPA.
De acordo com Estela, a ingestão de bisfenol-A está associada a:
:: Aumento de risco em alguns cânceres como de mama, ovário, útero e próstata;
:: Bloqueio dos receptores do hormônio tireoidiano;
:: Menstruação precoce;
:: Doenças cardiovasculares;
:: Síndrome de Ovário Policísticos (SOP);
:: Obesidade e outros.
Como evitar:
:: Devemos sempre procurar no rótulo: “Bisfenol free”, ou “BPA free”;
:: Procurar no símbolo de reciclagem o número 3 ou 7;
:: Não esquentar mamadeira em micro ondas ou banho maria;
:: Evitar tomar café em copo plástico, preferir, porcelana ou vidros,
:: Evitar guardar alimentos em geladeira/congelador em vasilhas plásticas com BPA;
:: Evitar o uso de qualquer material com BPA durante gestação (causa desequilíbrio hormonal no feto);
:: Não deixar garrafa com água mineral no carro estacionado e tomar depois pois este aquecimento libera o Bisfenol. ⠀
“Estas regrinhas vão evitar ou minimizar o consumo diário deste elemento tão toxico”, revela Estela.
Live sobre o assunto
Nesta terça-feira (26), a nutricionista Estela Reginatto participa de uma entrevista ao vivo na fanpage do Jornal Online Folha Vitória no Facebook. Fique ligado e participe da transmissão enviando seu relato ou questionamento sobre o assunto!