A procura por apliques de cabelo aumenta cada dia mais. Os profissionais que colocam o famoso mega hair também cresceram em quantidade por conta dessa demanda, mas não em qualidade. No fim das contas, não são todos que sabem de fato fazer o procedimento.
Suas mechas podem ser de má qualidade, os cabelos podem cair em apenas alguns dias, entre muitos outros problemas. E as mulheres parecem não saber que toda prestação de serviço ou conhecimento de produto dentro do cabeleireiro está amparado pelo Código de Defesa do Consumidor.
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De acordo com Celso Russomanno, se alguma coisa não deu certa, você tem direitos. Durante o programa Patrulha do Consumidor, no Cidade Alerta, da RecordTV, ele explicou cada um deles.
MEGA HAIR
Atraída por uma publicidade nas redes sociais, Vitória foi até um salão para colocar o mega hair e alongar os seus cabelos. Entretanto, o sonho de ter um cabelão virou um pesadelo.
Durante muito tempo, Vitória acompanhou o salão pelas redes socais. Ela juntou o dinheiro, até mesmo o pai ajudou por conta do valor do alongamento.
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O estabelecimento publicou no Instagram uma publicidade de transformação mega na fita, junto do contorno, personalização da extensão, nutrição e maquiagem profissional. Tudo por 2500 reais, podendo dividir em até 5 vezes.
No entanto, o anúncio não era muito claro. Ao chegar no local, os funcionários informaram a Vitória que o procedimento não era mais esse valor.
“Falaram que não era suficiente a quantidade de cabelo da promoção, sendo que eles não informaram a quantidade de cabelo”, contou.
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O kit de cabelo adicional sairia por 1.300 reais. Segundo Celso, o salão não estava cumprindo com a publicidade anunciada, já que não deram a informação precisa.
Vitória fez um acordo para pagar 40 gramas adicionais por 300 reais para pagar na próxima manutenção. Mas, os pedaços comprados não resolveriam o problema.
Segundo a mulher, as mechas começaram a cair depois de cinco dias. Ela pediu para devolver os cabelos e receber o dinheiro de volta, mas a proprietária do estabelecimento não aceitou a troca.
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Quando os fios começaram a deslizar da cabeça, Vitória acionou ao salão para que pudessem consertar. Porém, não deu tempo. Depois de três dias, quase todos as mechas começaram a cair.
“Eu fiquei meio frustrada e descontente com o trabalho. Eu mesma removi as fitas, porque o meu cabelo estava pendurado”, disse.
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“Eu falei que tava descontente com o serviço e que eu não ia querer mais ficar com o cabelo. Ela perguntou o motivo e eu falei que era realmente por conta do serviço que eu não gostei”, contou Vitória.
“Ela falou que provavelmente o problema da fita era que o meu couro cabelo era muito quente ou então muito oleoso, ela não soube falar exatamente qual era o problema”, finalizou a mulher.
A desculpa do cabelo quente, não colou. O mega hair deveria aguentar grandes temperaturas, já que a própria cabeleireira recomendou fazer um alisamento no cabelo da cliente.
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Celso Russomanno consultou outros profissionais, que informaram que a fita é preparada para cabelos oleosos. Isso não seria problema.
“De acordo com outros profissionais, ou a fita foi mal colocada ou a adesão da fita não é boa. Então, poderia ter sido isso”, disse o apresentador.
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Em outra publicidade, Letícia, dona do salão, afirma que o seu mega hair dura mais de 60 dias. Fato que não aconteceu.
“A publicidade tem que ser precisa. Se infelizmente soltou, ou soltou porque o produto não tinha qualidade ou porque foi mal colocado”, contou Russomanno.
Segundo o jornalista, se o cabelo caí por má colocação, o Artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor estabelece o direito da vítima.
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Mesmo com todas as conversas, após retirar o mega hair, Vitória conversou com a proprietária e o esposo dela, que afirmou aplicar mais de 500 cabelos e nunca aconteceu nada.
E embora Vitória tenha desistido do aplique, por conta da má qualidade, ela poderia receber o dinheiro do produto de volta.
