Apareceu aquela oportunidade de trabalho que você estava esperando! Mas precisa se mudar para outra cidade no meio do ano e bate aquela angústia: seu filho vai ter que trocar de escola… A primeira coisa a fazer é se acalmar, afinal, seu apoio e o da escola farão toda a diferença nesse processo.
Segundo Teresa Spinassé, coordenadora pedagógica da Escola Ilha Florescer, antes de tudo é preciso ir à escola onde a criança ainda estuda e reunir as informações possíveis sobre material didático, quais assuntos ela já viu, qual a metodologia pedagógica e como está o aprendizado da criança para apresentar na nova escola. Caso você já tenha escolhido a instituição, procure promover um encontro entre as pedagogas das duas escolas, ou apenas uma conversa, mesmo que por telefone ou por e-mail. Isso será importante para alinhar as duas linhas pedagógicas.
Em seguida, caso a criança já seja um pouco maior, converse com seu filho, diga que a mudança é importante, mas que ele não irá perder seus amigos nem o que viveu ali. Depois, leve-o para conhecer a nova escola. “Mostre à criança seu novo local de estudo, dê um passeio com ela sem compromisso pela escola, para ir se ambientando ao local”, aconselha Teresa. Ao reconhecer o ambiente onde vai passar os próximos meses, a criança se sente mais segura e estará menos ansiosa quando as aulas começarem.
Uma dica: veja com a escola antiga se é possível fazer uma festinha de despedida, para a criança entender que aquele processo está se encerrando e outro está começando, sem falar que será uma boa oportunidade de ela se despedir bem dos amiguinhos e da escola.
Pode ser que com os pequenos seja necessário repetir o processo de adaptação, como foi no início da vida escolar. Pode ser importante que a criança fique poucas horas nos primeiros dias e depois vá se habituando à nova rotina. Nessa etapa é fundamental o acompanhamento de perto dos pais, conversar com o pedagogo sobre como está tá o desenvolvimento do aluno, seu relacionamento com as outras crianças.
Por fim, algumas escolas preferem abordar um assunto no início do ano, outras já preferem no segundo semestre. Com isso, pode ser que seu filho acabe perdendo algum conteúdo ou vendo-o duas vezes. Teresa recomenda que os pais e a escola avaliem a necessidade de contratação de um professor particular ou se haverá algum tipo de reposição para que o aluno não fique sem determinado conteúdo.
