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Completa mais de um mês a greve dos professores na Grande Vitória

Professores de Vitória e Vila Velha continuam a paralisação Foto: TV Vitória

Professores de escolas públicas têm se mobilizado há alguns meses no Estado e as manifestações chamam a atenção. A categoria fez uma greve de mais de 40 dias na rede estadual, até ocupou o prédio da Secretaria Municipal de Educação (Sedu) e só voltou ao trabalho porque a Justiça considerou ilegal o movimento e houve ameaça de corte de ponto. 

Nas redes municipais a situação ainda não se normalizou. A greve continua em Vila Velha e Vitória. Professor em Vila Velha, Carlos Duarte diz que a categoria, no município, tem o pior salário da Grande Vitória. Eles pedem a reposição das perdas salariais do ano passado, em torno de 8%. Há negociação, mas eles consideram necessária a greve.

“Para dizer que há condição ou não de dar o reajuste até maior do que a categoria vem pedir é necessário que a gestão mostre qual é a sua real receita corrente liquida e o seu gasto total com o pessoal”, expõe Duarte. 

No caso de Vila Velha, segundo o sindicato, 35% da categoria está parada. Já a Sedu diz que só 15% dos professores cruzaram os braços. Também segundo a secretaria, os professores tiveram aumento de 8% nos salários em março.

O diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado (Sindiupes), João Paulo Cardoso, diz que a greve também continua em Vitória com adesão de 30% dos professores. Ele diz que há negociação, mas elas não avançam, por isso a greve. A categoria quer aumento de salário e outras reivindicações. “Os professores de Vitória estão com defasagem salarial pela inflação de 5,91%, fora as perdas históricas desde 1995”, aponta Cardoso.

A Secretaria Municipal de Educação em Vitória diz que está em negociação com os professores. De 101 escolas de Vitória, apenas seis estão paradas por causa da greve, segundo a secretaria. Há adesão parcial em outras 68 escolas, mas a secretaria não soube precisar quantos por cento da categoria aderiram à greve.