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Conceição da Barra recebe orientações sobre possível chegada de óleo no Espírito Santo

Caso o óleo apareça no Espírito Santo, as praias do Parque Estadual de Itaúnas, no mesmo município, serão as primeiras áreas afetadas

Foto: Reprodução

Uma verdadeira força-tarefa já está sendo discutida para minimizar os efeitos ambientais, caso as manchas de óleo, que atinge praias do Nordeste do Brasil, cheguem em águas capixabas. Em Conceição da Barra, município litorâneo do extremo Norte capixaba, serão aplicadas as primeiras instruções dos procedimentos necessários.

As instruções de alinhamento são repassadas por agente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) e Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (IPRAM).

Serão apresentados materiais informativos para limpeza de praia, além dos procedimentos de segurança relacionados aos animais marinhos afetados pelo óleo. Também será abordada a questão da segurança para contenção de resíduos priorizando as áreas sensíveis, como manguezais, por exemplo. Os materiais serão distribuídos para o município. O objetivo é criar uma rede de trabalho organizada para uma eventual chegada do óleo nas praias do Estado.

De acordo com informações da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídrico (Seama), caso o óleo apareça no Espírito Santo, as praias do Parque Estadual de Itaúnas, no mesmo município, serão as primeiras áreas afetadas. Por se tratar de uma região de desova de tartarugas marinhas, todo o trato de manejo desta fauna será de forma manual, sem a presença de máquinas pesadas, como tratores, caçambas ou escavadeiras, para não danificar os ninhos das tartarugas.

A Seama mobilizou representantes da iniciativa privada para uma ação conjunta de apoio institucional na busca por doações de materiais de segurança, como Equipamento de Proteção Individual (EPI), para suporte ao Plano de Ação. Esse materiais serão utilizados para proteger os profissionais e voluntários envolvidos no manuseio do óleo, quando de uma possível força tarefa de limpeza das praias capixabas.

Além deste material foram solicitadas doações de material de contenção, embarcações para logística e monitoramentos diversos, mão de obra especializada para situações de derramamento de óleo em ambiente marinho e até recolhimento e reaproveitamento do óleo.

Um outra preocupação é com a proteção das áreas de manguezais. Segundo a Seama, não foi possível estabelecer, até o momento, medidas totalmente eficaz para proteção dos estuários. Porém, com as experiências das ações dos voluntários e especialistas na Bahia, de instalação de redes de pesca de malha fina, utilizada no arrasto do camarão, a aquisição deste material não está descartado, visando diminuir os impactos ambientais.

Outros encontros de alinhamento estão programadas para São Mateus e Linhares na próxima quinta-feira (31), podendo estender a outras cidades, caso seja necessário. Ao todo são 14 cidades costeiras no Espírito Santo, uma extensão de 411 km.