O Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES) deve investigar como o corpo de um bebê, que nasceu no Hospital Santa Mônica, em Vila Velha, foi parar dentro de uma lavanderia no mesmo município.
De acordo com a assessoria do Conselho, por falta de denúncia formal, uma sindicância será aberta nos próximos dias, baseada nas informações da imprensa, para apurar os fatos.
O caso aconteceu no último final de semana. Segundo Uarle Pereira, pai do bebê, a situação causa revolta entre os familiares. “Eu fico muito chateado. Sabíamos que o meu filho não sobreviveria, pois nasceu com a ausência de cérebro. Pelo o que meu advogado falou, a polícia não vai investigar o caso, porque ele já nasceu morto. Não houve crime. Mas não podiam ter feito o que fizeram. Vamos fazer uma denúncia aos órgãos competentes. Isso não pode ficar assim. Tomaremos todas as medidas cabíveis”, desabafou.
Funcionários do hospital disseram que a equipe envolvida no caso foi demitida na última segunda-feira (28). Procurada pela reportagem, a assessoria do hospital não quis falar sobre a possível demissão.
O delegado responsável pelo caso, Ricardo Almeida, da Delegacia de Crimes Contra à Vida de Vila Velha, aguarda o resultado do laudo cadavérico, que deve ficar pronto nos próximos dias.
Relembre o caso
Um bebê recém-nascido foi encontrado morto dentro de uma lavanderia em Vila Velha. A mãe deu à luz à criança na noite da última sexta-feira (25) no Hospital Santa Mônica, no mesmo município, e o corpo da criança foi achado na manhã de sábado (26) enrolado no meio dos lençóis.