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Contaminação em creche: menina reage bem a tratamento, mas segue internada na UTI

Além dela, outras três crianças vítimas do surto de diarreia seguem hospitalizadas. Ao todo, 14 pessoas apresentaram sintomas da contaminação

Foto: TV Vitória
Menina segue internada em uma área isolada da UTI de um hospital particular na Serra

Uma menina de 2 anos e 7 meses continua internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de um hospital particular da Serra, vítima de um surto de diarreia que afetou alunos e funcionários de uma creche particular na Praia da Costa, em Vila Velha.

No entanto, a mãe da menina afirmou que ela está se recuperando e reage bem ao tratamento. Em conversa com a reportagem da TV Vitória/Record TV, a mãe da criança contou que a filha segue em uma área reservada da UTI e que respira sem ajuda de aparelhos.

Ela disse ainda que a menina apresentou, inicialmente, um quadro de diarreia, porém sem sangue nas fezes. A avó da criança a levou para um hospital, onde foram feitos exames que constataram uma infecção urinária. A partir daí foram pedidos novos exames para detectar se a criança havia sido contaminada por alguma bactéria. A criança foi encaminhada para a UTI após seu quadro se agravar.

Vítimas

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Vila Velha, 14 pessoas já apresentaram quadro de vômito e diarreia, em decorrência da contaminação ocorrida na creche. Entre as vítimas, estão dez alunos, com idade entre 1 e 5 anos, dois professores e dois funcionários da unidade de ensino.

Quatro crianças permanecem internadas em hospitais da Grande Vitória. Na última quarta-feira (27), o menino Théo, de 2 anos, morreu após ficar nove dias internado em um hospital particular de Vila Velha. 

Ele apresentou um quadro de insuficiência renal e um edema cerebral, além de desidratação, vômito e diarreia com sangue. O menino foi sepultado na quinta-feira, no cemitério Parque da Paz, na Ponta Fruta, em Vila Velha.

Contaminação

Uma alta concentração de coliformes totais, que podem desencadear os sintomas apresentados pelas crianças, como vômito e diarreia, foi identificada no material colhido em um chafariz da creche, onde os alunos participavam de atividades duas vezes por semana. Os resultados dos exames saíram nesta sexta-feira (29) e apontaram mais de 200 mil colônias de coliformes.

Além disso, foi identificada a existência de uma fábrica de cerveja artesanal nas dependências da escola. O material da cervejaria também foi submetido a exames laboratoriais, que apontaram crescimento da bactéria Escherichia coli, que pode desencadear o quadro de gastroenterite.

Por causa da contaminação, a creche foi totalmente interditada por prazo indeterminado. A Secretaria de Saúde de Vila Velha informou que as investigações continuam, mas que a interdição do estabelecimento foi considerada necessária em função da grande quantidade de bactérias encontradas.

“Até então, a interdição era para diálogo com os proprietários. Agora, com esses problemas, a creche está interditada. Não é possível funcionar, enquanto não tivermos toda a segurança para essas crianças voltarem à escola”, afirmou, nesta sexta-feira, o secretário de saúde de Vila Velha, Jarbas Ribeiro de Assis Junior.

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