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Controlador de brinquedo que causou morte de professora em parque consumiu bebida alcoólica horas antes

Policial que atendeu à ocorrência relatou sinais de embriaguez, voz arrastada e olhos vermelhos. Ao delegado, operador disse que bebeu cachaça à tarde. Acidente foi à noite

Foto: Reprodução

Sinais de embriaguez, voz arrastada e olhos vermelhos. Foi assim que o policial militar que atendeu à ocorrência descreveu o estado do controlador do brinquedo que ocasionou a morte da professora Mírian Oliveira, de 38 anos no último sábado (1), em Itaipava, litoral de Itapemirim, no Sul do Estado, no parque de diversões Center Toys.

A informação foi passada pelo delegado que conduz o caso, Thiago Gomes Viana, na tarde deste domingo (2).

“O operador apresentava sinais de embriaguez com voz arrastada, olhos vermelhos e hálito de álcool. Perguntando se tinha ingerido bebida, disse que sim”, diz o relato do PM, reportado pelo delegado ao Folha Vit´ória. 

Thiago Viana informou, ainda, que o acidente ocorreu por volta das 20 horas e o depoimento do controlador foi colhido de madrugada, por volta das 3 horas de domingo, por isso um eventual efeito do álcool já teria sido amenizado. “Para mim, ele confirmou que tinha ingerido cachaça. Alega que tinha bebido uma dose à tarde. Percebi que ele tinha os olhos vermelhos, mas não tinha odor de álcool. O marido da vítima, em depoimento, falou que o operador estava ‘muito estranho'”, complementou o delegado.

O acidente

O acidente aconteceu no brinquedo conhecido como “surf”, que faz rotação em 360º. O equipamento teria começado a girar em alta velocidade, e as duas vítimas, Mirian e sua e filha, foram arremessadas.

Testemunhas contaram para polícia, que a mãe teria caído primeiro, sendo atingida pelo próprio brinquedo. Logo depois, a criança também sofreu a queda, sendo jogada pelo lado contrário da mãe. A menina foi socorrida e levada para o Hospital Infantil de Cachoeiro de Itapemirim. 

O delegado plantonista disse ainda que o marido da mulher, pai da criança, teria assistido ao acidente e ficou desesperado. O parque funcionava havia cerca de 30 dias na cidade. O dono do parque e um funcionário que operava o brinquedo no momento do acidente acabaram presos por homicídio culposo e lesão corporal.

Miriam Oliveira morava com a família no município de Viana. A família estaria no local a passeio.