A busca por soluções em conjunto sempre fez parte da história da Nater Coop, antiga Coopeavi, de Santa Maria de Jetibá. Com quase 60 anos de mercado, o propósito continua o mesmo, o de “Unir famílias que alimentam famílias”, mas apostando cada vez mais em iniciativas que promovam a inovação e a sustentabilidade.
Uma delas, de acordo com o diretor-geral da Nater Coop, Marcelino Bellardt, é a realização de um programa de inovação aberta, por meio do qual a cooperativa busca o auxílio de startups para oferecer um suporte ainda mais qualificado para as mais de 20 mil famílias cooperadas, os cerca de 30 mil produtores rurais envolvidos e os 1.100 colaboradores diretos.
“Mapeamos 14 desafios que não conseguimos resolver internamente e contratamos uma empresa do ecossistema de inovação para a gestão das startups que estão trazendo soluções, por exemplo, de aumento de produtividade e eficiência por meio da tecnologia”, conta o diretor-geral.
Além disso, outro investimento de destaque da Nater Coop é na gestão democrática e com enfoque social. Nesse sentido, o aperfeiçoamento da governança foi uma demanda identificada. “Gerir uma cooperativa, com aproximadamente 20 mil donos, é um grande desafio. Por isso, regionalizamos o relacionamento, escolhendo um líder a cada 200 cooperados. Temos então mais de 70 delegados, que validam a estratégia e, uma vez por ano, participam da assembleia de prestação de contas”, explica Marcelino.
Outras ações são o Cartão Família, por meio do qual cada cooperado recebe a sua parcela do resultado da cooperativa, independentemente do tamanho do negócio; e o conceito de condomínio para produção de ovos e leite, com o objetivo de ganhar escala por meio de investidores.
História
A história da Nater Coop, antiga Coopeavi, começou em 1964 com 20 associados que atuavam com a atividade agrícola em Santa Maria de Jetibá. Um deles foi estudar no Rio de Janeiro e retornou à cidade com 500 aves do tipo pintainhas para criar. Alguns amigos gostaram da novidade e se uniram para investir na avicultura.
“Com o tempo, surgiram dificuldades, como o transporte por estrada de chão, a
necessidade de importar a ração de outros Estados, as muitas chuvas, o escoamento da produção de aves, a população pequena do município para consumo, entre outras. Para resolução delas em conjunto, pensou-se na criação da cooperativa. Foi feito, então, o estatuto e a reunião de posse”, lembra Denilson Potratz, presidente da Nater Coop.
Ao longo desses anos, a organização cresceu, se reinventou e ampliou o portfólio de negócios. Em 2022, inclusive, foi considerada a maior em receita dos setores de agricultura e pecuária do Espírito Santo, segundo dados do Instituto Euvaldo Lodi (IEL).
Atualmente, a cooperativa atua em toda a cadeia do café, hortifrútis, laticínios, rações, defensivos e implementos agrícolas, supermercado e postos de gasolina, indo da agricultura e pecuária até o comércio físico e on-line e à indústria. Os produtos são exportados para 20 países de todos os continentes e o varejo agropecuário está presente em mais de 30 municípios do Espírito Santo e de Minas Gerais.
Novo nome
Para representar esse portfólio diversificado de negócios é que a organização passou recentemente a se chamar Nater Coop, uma mistura dos termos mater / mãe, natureza / terra e da expressão coop, referente ao cooperativismo. A Nater Coop continua sendo a marca guarda-chuva, usada também como nome fantasia do supermercado e dos postos de gasolina, contando sob ela as marcas de produtos específicos da cooperativa como Ração Coope, Café Pronova, Liva (ovos) e Veneza (laticínios).
Para o diretor-geral Marcelino Bellardt, essa trajetória mostra a importância do cooperativismo para as economias capixaba e brasileira. “Um produtor não teria números tão expressivos sozinho. Em cooperativa, a gente consegue fortalecer os laços entre cooperados, produtores e clientes, compartilhando conhecimento, boas práticas de produção, soluções para facilitar a vida, gerar condições diferenciadas de comercialização e agregar valor à produção”, enfatiza o diretor-geral.