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Coronavírus: saiba quais são os principais sintomas e a forma de prevenção

Manter a higiene é´ fundamental e ficar atento à alimentação são importantes dicas para evitar a doença

Foto: Divulgação

Diante do primeiro caso de coronavírus confirmado no Espírito Santo nesta quinta-feira (5), aumentam as dúvidas sobre a doença que já registrou mais de 90 mil casos de pessoas infectadas no mundo.

Nada melhor neste momento do que ouvir especialistas para “desvendar” a doença para tentar preveni-la. O gerente da área de Medicina Ambulatorial Horácio Cardoso Salles explica o que é o vírus, principais sintomas registrados nas vítimas atingidas e forma de prevenção.

Ele destaca que os coronavírus na verdade não são uma novidade, pois são conhecidos desde meados da década de 1960. “Eles integram um conjunto de vírus e recebem este nome devido às espículas na sua superfície, que lembra uma coroa (do latim corona)”, explica.

Este novo coronavírus, que foi identificado originalmente na China, no começo deste ano, é uma variação do vírus que já era conhecido na comunidade médica. Além disso, os sintomas também são semelhantes, incluindo febre, tosse, dificuldade respiratória, coriza, dor de garganta e, nos casos mais graves, pneumonia e insuficiência respiratória.

Já quanto ao período de incubação deste vírus, de acordo com o que foi descoberto pela comunidade médica até o momento, costuma ocorrer de 2 a 14 dias. Contudo, as pessoas só passam a transmitir o vírus a partir do surgimento dos sintomas.

“Os sinas do coronavírus são muitos semelhantes aos da gripe comum, por isso, caso a pessoa apresente os sintomas após o contato com indivíduos que estiveram em regiões que possuem o registro da doença, é importante consultar um médico para uma avaliação clínica”, recomenda o médico. “Ainda não existe uma vacina para o coronavírus, mas é possível tratar os sintomas”, complementa.

Prevenção

Doutor Salles explica que, assim como o vírus do resfriado, entre humanos, os coronavírus são transmitidos pelo ar, por meio de tosse ou espirro de uma pessoa contaminada e contato com superfícies ou indivíduos infectados.

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Lavar as mãos é uma importante orientação de prevenção

Por este motivo, a melhor forma de prevenção é lavar bem as mãos sempre que chegar em casa, antes de consumir alimentos e também ao longo do dia; utilizar lenços descartáveis para higiene nasal; manter o ambiente sempre ventilado; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, garfos, copos e garrafas; não levar as mãos aos olhos, boca e nariz, além de evitar o contato próximo com pessoas que apresentem sintomas de infecção respiratória.

Apesar da atenção mundial ao vírus, o especialista alerta que não há motivos para pânico. “Seguindo as medidas de prevenção, as pessoas conseguirão se manter confortáveis evitando até mesmo a proliferação de doenças da época como a gripe comum, por exemplo”, finaliza dr. Salles.

Gripe ou coronavírus

Os sintomas da doença podem confundir a população e até profissionais de saúde, alerta o sanitarista Alexandre Chieppe.

Segundo o especialista, os sinais e sintomas provocados pelo novo vírus confundem-se com os da gripe. Além disso, algumas autoridades têm descrito a infecção surgida na China como “mais uma gripe”.

Com isso, pessoas podem confundir-se. A situação pode provocar uma corrida dos pacientes por auxílio médico e dificultar o atendimento daqueles que eventualmente tenham sido contaminados pelo Covid-19 e dos que de fato estejam com gripe. Por isso, é fundamental o diagnóstico correto e imediato da gripe, evitando o agravamento do quadro e até mesmo óbitos.

“Como a doença tem sintomas muito parecidos com os de uma gripe comum, como febre, tosse, coriza e dor de garganta, é importante que os hospitais consigam diagnosticar com precisão e rapidamente, inclusive para organizar eventuais quarentenas”. Nesse sentido, o médico sanitarista reforça a importância do uso de testes rápidos de influenza (gripe) para descartar casos provocados por este vírus.

“Tão importante quanto fazer o diagnóstico do coronavírus, que sequer tem tratamento, é fazer o diagnóstico da gripe, para a qual existem remédios disponíveis e bastante eficazes.

Cuidados para os profissionais de saúde

Sobre o atendimento aos pacientes que busquem ajuda nos hospitais e prontos-socorros com suspeita da doença, o médico sanitarista indica, além do uso de álcool em gel para desinfecção das mãos, a utilização do termômetro sem contato para aferição da temperatura.

“Em casos suspeitos, o profissional de saúde deve fazer o atendimento a esse paciente, medindo sua temperatura sem precisar tocar na pessoa, apenas com a leitura de raios infravermelhos, evitando assim o contágio de médicos e enfermeiras, já que uma das formas de contágio do Covid-19 é o contato com superfícies contaminadas, levando as mãos aos olhos ou à boca, por exemplo”, explica o diretor-médico da Medlevensohn.

Como se prevenir

Seja para evitar o contágio com o novo coronavírus ou mesmo com as gripes e resfriados, o doutor Chieppe também orienta que as pessoas tomem cuidados simples, como lavar as mãos com frequência (de preferência até a altura do punho), cobrir o nariz e a boca sempre que tossir ou espirrar, manter os ambientes bem ventilados e não compartilhar talheres, pratos ou copos. Também é fundamental vacinar-se contra a gripe.

Em razão da chegada do coronavírus ao Brasil, o Ministério da Saúde antecipou o início da campanha de vacinação, para o dia 23 de março. Nesta primeira etapa, serão imunizados contra a gripe gestantes, puérperas, idosos e crianças até seis anos. Os demais grupos específicos, como portadores de doenças crônicas serão imunizados posteriormente. Para estas pessoas, a vacina é gratuita na rede pública.