Adultos com mais de 60 anos e pessoas com doenças preexistentes são os que correm mais riscos se contraírem o coronavírus. Tendo consciência disso, os capixabas já começaram a mudar a rotina em seus lares.
Para a família Soneghet, ficar em casa nunca foi tão importante. Dona Maria Idalva, que já passou dos 80 anos de idade sempre se considerou caseira, mas com a pandemia do coronavírus, ficar dentro das residências virou recomendação médica. “Tem os meus irmãos que as vezes vem e almoçam, mas no geral a gente permanece em casa. A gente não sai muito”, disse a aposentada.
Além do isolamento, a limpeza na casa também foi intensificada. Segundo Regina Soneghet, de 62 anos, filha de dona Maria Idalva, a casa tem ficado mais arejada. “Estamos mantendo as janelas abertas, os vidros abertos né?! A gente usa muito o álcool com vinagre aqui também”, disse.
Mudanças na rotina também se vê pelas ruas e locais frequentados por idosos na Grande Vitória. As praças que costuma ficar cheias de aposentados jogando damas já estava bem vazia nesta quarta-feira (18). A academia popular também.
Mas ainda tem quem custe a largar o velho hábito e não é por falta de aviso. Segundo o ‘seu Vavá’, como gosta de ser chamado Odival de Almeida, de 79 anos, a filha dele pediu para que ele ficasse em casa, mas ele continua saindo. “Eu saio um pouquinho para distrair, mas daqui a pouco eu volto pra casa”, diz.
Letalidade do Coronavírus
A preocupação dos filhos com os pais tem sentido. De acordo com as estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS), os riscos são bem maiores à medida que aumenta a idade do paciente. Enquanto para crianças e jovens há poucos casos graves. Para quem passa dos 80 anos a preocupação ´é ainda maior. Neste grupo, a cada 100 pessoas que contraem o coronavírus, em média, 15 evoluem para a morte.
Fatores de risco
Outro fator de risco é a saúde do paciente antes de contrair o coronavírus. Para quem já tem doenças cardiovasculares, o risco de morte aumenta 11 vezes. Já para quem tem respiratórias crônicas, 7 vezes. Para quem sofre de hipertensão ou câncer, a taxa de mortalidade é 6 vezes maior em relação a uma pessoa saudável.
Se comparado a outras doenças, o coronavírus mata mais que dengue hemorrágica, gripe espanhola, sarampo , gripes comuns e a chamada ‘gripe suína’. Mas é menos letal do que o ebola e as síndromes respiratórias do oriente médio e aguda grave.
* Com informações da jornalista Andressa Missio, da TV Vitória / Record TV