O corpo do jornalista Paulo Henrique Amorim, morto da madrugada desta quarta-feira (10), será velado amanhã, na sede da ABI (Associação Brasileira de Imprensa) — Rua Araújo Porto Alegre, 71, Centro do Rio. A cerimônia de despedida acontece das 10h às 15h.
Na sequência, ele será cremado no Crematório e Cemitério da Penitência, na zona portuária da capital fluminense. Em comunicado, a família do jornalista ainda agradeceu “as manifestações de pesar e carinho dos colegas e amigos”.
Paulo Henrique Amorim tinha 76 anos e deixou um legado para a comunicação brasileira. Ele morreu em casa, após sofrer um infarto fulminante. Deixou mulher, uma filha e dois netos.
O jornalista estava na Record TV desde 2003, após passagem por diversos jornais, revistas e redes de TV do país. Em nota, a emissora lamentou “profundamente o falecimento de Paulo Henrique Amorim” e se solidarizou “com os amigos, familiares e admiradores. A todos, nossas sinceras condolências.”
“Olá! Tudo bem?”
Quando pensamos em Paulo Henrique Amorim dificilmente não lembramos do bordão eternizado por ele: “Olá! Tudo bem?”. A frase, no tom peculiar criado por ele, nasceu quase que sem querer.
Paulo Henrique contava que era correspondente em Nova York quando foi convidado para fazer algumas reportagens como freelancer, nos anos 1970, na rede CNN.
Logo ao chegar no canal norte-americano, a editora-chefe disse para ele que seria bom se pudesse saudar o público em sua própria língua, para criar uma identidade de correspondente do Brasil. Paulo Henrique resolveu então dizer a frase que é tão comum entre os brasileiros, quando vão se cumprimentar.
Tempos depois, em Los Angeles, durante a cobertura de um terremoto, o âncora reencontrou um colega norte-americano que se lembrou dele e logo repetiu a saudação em português, com a mesma entonação diferenciada.
Ele achou divertido o tom usado pelo estrangeiro e logo sacou que aquilo tinha ficado guardado na cabeça das pessoas. Foi aí que Paulo pensou que aquele poderia ser o seu bordão e a partir dali começou a repetir o “Ola! Tudo bem?” sempre que aparecia na TV. Não demorou muito para essa se tornar a sua marca registrada.