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Covid-19: "Doença está galopante no interior", diz Casagrande sobre o aumento de casos no ES

Taxa de transmissão nas cidades do interior do estado está em 1,71, enquanto na região metropolitana ela é de 1,03. Seis municípios estão no risco alto

Foto: Reprodução

O crescimento descontrolado do número de novos casos de covid-19 nos municípios do interior do Espírito Santo tem preocupado o governo do Estado. Durante pronunciamento realizado no início da noite desta sexta-feira (11), o governador Renato Casagrande chegou a dizer que a doença está “galopante” no interior, onde a taxa de transmissão do coronavírus está muito maior que na Grande Vitória.

De acordo com o governador, a taxa de transmissão nas cidades do interior do estado está em 1,71 — ou seja, um grupo de dez pessoas é capaz de transmitir a doença para outras 17 —, enquanto na região metropolitana essa taxa é de 1,03. Em todo o estado, a taxa de transmissão está em 1,43.

“É bom que a gente chame a atenção dos municípios do interior. A taxa de transmissão está muito superior no interior do estado. A pandemia no interior está mais descontrolada do que na Grande Vitória”, frisou Casagrande.

Um dos reflexos desse avanço desenfreado do coronavírus no interior capixaba é o novo Mapa de Risco, que passa a valer a partir da próxima segunda-feira (14). Nele, seis cidades do estado estão classificadas no risco alto para a covid-19, todas elas do interior: Anchieta, Domingos Martins, Ecoporanga, Ibiraçu, Mantenópolis e Marilândia.

“Isso mostra como a doença está galopante no interior. Nós temos uma certa estabilidade, uma estabilidade com morte, na região metropolitana, e temos um processo crescente no interior do estado. Na hora em que você caminha para um município em risco alto, você reduz a liberdade. É preciso compreender que as medidas qualificadas de risco alto caminham na direção do aumento das restrições de atividades econômicas e sociais”, destacou o governador.

Casagrande teme que a situação possa se agravar ainda mais nas próximas semanas. “Por enquanto são seis municípios em risco alto. Eu espero que a gente não aumente esse número. Mas a cada semana, se a situação continuar piorando, com o aumento de casos ativos e de óbitos, mais municípios vão ficar enquadrados no risco alto”, disse.

“Isso mostra, de fato, como nós estamos, infelizmente, retrocedendo com relação à pandemia no Estado do Espírito Santo. O controle da pandemia depende da empatia, depende da nossa ação individual”, completou o governador.