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Crea-ES aguarda resposta de fabricante de torres d'água para concluir relatório sobre acidente

A queda das estruturas resultou na morte do bombeiro hidráulico Jucelino Roncon, que fazia reparos no local, e afetou os moradores do condomínio

Foto: Reprodução

A conclusão da análise sobre as causas, razões e responsabilidades da queda de dois reservatórios de água no Condomínio Residencial São Roque, em Padre Gabriel, Cariacica, no dia 30 de dezembro, ainda dependem da manifestação de uma empresa de Engenharia de São Paulo, de acordo com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES).

O acidente resultou na morte do bombeiro hidráulico Jucelino Roncon, que fazia reparos em uma das estruturas. Ele chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros e foi internado, em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos. Além disso, dezenas de famílias moradoras do local foram diretamente afetadas pela queda das duas torres d’água.

Segundo o Crea-ES, desde o ocorrido, uma equipe multidisciplinar de especialistas do conselho, nas áreas de engenharia civil, mecânica e de segurança do trabalho, com o apoio da Unidade de Fiscalização, tem levantado informações para apurar as circunstâncias do acidente

Foram realizadas vistorias técnicas no local, solicitadas cópias de projetos, verificados os nomes dos profissionais responsáveis técnicos e das empresas envolvidas e elaboradas perícias e relatórios técnicos.

De acordo com o Crea-ES, apesar de ser notificada, a empresa paulista, responsável por projetar, produzir e montar as torres d’água, ainda não retornou ao chamamento e não se posicionou sobre o ocorrido. Segundo o conselho, isso impossibilita a conclusão do relatório final. 

A instituição informou ainda que um novo prazo foi concedido para que a empresa se manifeste e forneça os esclarecimentos necessários para que o conselho possa finalizar as atividades de averiguação do desastre.

Nesta sexta-feira (22), o presidente do Crea-ES, Jorge Silva, está em Belo Horizonte, numa reunião de rotina com presidentes dos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia da Região Sudeste. Ele levou o assunto ao presidente do Crea-SP, tendo em vista que a empresa paulista possui registro naquele regional, mas não solicitou visto no Crea-ES para realizar serviços de engenharia no Espírito Santo.

A reportagem tentou contato com a empresa de São Paulo, mas nenhum representante foi localizado para comentar o assunto.