Quem frequenta a praia com os filhos, sabe que o local requer cuidados redobrados com os pequenos.
Em questões de segundos, a criança pede para ir até ali na água, ou você se distrai e ela estava ali brincando, e de repente, cadê? Mesmo quem não tem filho já deve ter se deparado com uma criança perdida no local.
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Desde o começo do verão no Espírito Santo, 216 crianças e 15 idosos se perderam nas praias da Grande Vitória e foram encontrados por guarda-vidas. A orientação da prefeitura nesses casos é buscar ajuda em um dos 14 postos do Salvamar na orla da cidade.
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Em entrevista ao programa Fala ES, da TV Vitória/ Record TV, o especialista em Segurança Pública, Rusley Medeiros, explica que é importante ficar atento aos pequenos.
“Várias vezes ressaltamos que os pais devem ficar com a distância de ‘um braço’ das crianças, mas, também é importante não deixar de ficar de olho e ter sempre a criança na vista, seja na água ou na areia, não pode perder a criança de foco.”
O especialista também destaca que, o cenário da praia vai mudando, o que pode confundir a criança. “A criança pode perder o seu o ponto de referência, com frequentadores sempre chegando além da movimentação da maré, que faz com que a criança se movimente no momento que vai nadar”, destaca.
Confira dicas de segurança:
Bater palmas
Essa tática você já deve ter visto alguma vez nas praias e funciona! Segundo Rusley, o alerta mostra que há uma criança perdida na praia e que foi encontrada.
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Além disso, o especialista destaca que, algumas vezes, os pais acabam nem percebendo que os filhos estavam perdidos, mas a partir do alerta nota a ausência e começa a procura.
Pulseiras de identificação
Na Grande Vitória, os guarda-vidas adotaram a prática de distribuir pulseiras e orientar os responsáveis para evitar desaparecimentos.
Segundo a Salvamar, a cor da pulseira identifica a criança e as informações são passadas para os postos, que têm uma cor específica, identificada por meio de uma bandeira colorida.
Orientar a criança a procurar autoridades
Segundo os especialistas, ao chegar na praia, deve-se mostrar para as crianças quem são e onde estão os salva-vidas. Além disso, é necessário orientá-las a ir direto pedir socorro e uma boa ideia combinar um ponto com a criança para caso ela se perca.
“Não se deve colocar medo na criança”
A psicóloga Nanda Perim explica que é necessário explicar para as crianças algumas normas e recomendações de segurança antes ou no momento que chegarem na praia.
“Temos que deixar claro o que pode acontecer com a criança, os reais motivos pelos quais não desejamos que ela se perca: os perigos da correnteza, do mar, de afogamento, das pessoas que podem fazer algum mal com elas. Mas, além disso, sempre é necessário ressaltar que elas são importantes”, finaliza.
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