Uma mãe tem vivido um drama ao lado de seu filho de 5 anos. A criança sofre com uma malformação no pé esquerdo. Moradora de Central Carapina, na Serra, Daiane de Oliveira conta que o filho, João Batista de Oliveira Cordeiro, nasceu com dois dedos muito grandes para um bebê.
Na ocasião, o médico disse que os dedos do menino estavam inchados por causa do parto, mas, desde então, o pé de João não parou mais de crescer, o que fez com que parte do membro fosse amputado.
Segundo Daiane, o menino já passou por duas cirurgias, mas nenhuma delas surtiu o efeito esperado. Por causa disso, ela foi orientada por um médico a procurar um geneticista, que poderia oferecer um tratamento mais adequado para a criança.
O problema é que Daiane está desempregada e não tem condições de custear um médico particular para o filho. A solução, então, foi procurar a rede pública de saúde. Contudo, a mãe alega que há mais de dois anos tenta marcar a consulta com o especialista. Amigos e parentes já recorreram às redes sociais, na tentativa de buscar ajuda para o menino.
“Já amputaram os dedos do pé do meu filho e indicaram novas cirurgias, mas eu quero uma solução definitiva. Já deixei os papéis no hospital, mas até agora não entraram em contato comigo. Precisamos de ajuda”, lamentou.
Desafio psicológico
Além da deformidade no pé, que o atrapalha para andar e a usar calçados, João tem sofrido com a chacota de outras crianças da creche que ele frequenta. Segundo Daiane, por causa disso ele tem ficado bastante agressivo e diz que não quer mais ir para a creche.
“Ele fica se cortando o tempo todo. A gente não pode deixar nenhum objeto cortante perto dele, que ele pega para se ferir. E fala que não quer mais ir para a creche, porque as outras crianças ficam fazendo piada. Mas a diretora da creche é cadeirante e tenta passar tranquilidade para ele”, conta.
De acordo com o médico especialista em ortopedia infantil, Jorge Luiz Kriger, o menino provavelmente sofre de gigantismo, que, segundo o especialista, costuma variar de pessoa para pessoa. “Há casos em que a patologia atinge apenas um dedo e, em outros, o pé inteiro”, frisou.
Segundo o médico, o problema pode ser tratado, mas há casos em que a melhor solução é a amputação do pé. “É possível fazer o bloqueio das áreas de crescimento do membro. Só que isso impede apenas o crescimento longitudinal e a área pode continuar aumentando de volume. Quando o problema é pequeno, é possível desengordurar a região e fazer o controle, mas há casos de paciente que tiveram que fazer a amputação, porque a área afetada era bastante significativa”, explicou.
Confira a matéria exibida no Cidade Alerta ES sobre o drama do menino: