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Criançada em casa? Veja dicas para refrescar os pequenos no verão!

Os maiores são mais independentes e conseguem "se virar" na ausência de um responsável e são mais dependentes. Já os pequenos, precisam de cuidados especiais

Uma boa opção para os pequenos são as frutas como melancia, melão e maçã Foto: ​Divulgação

Janeiro, verão, férias e criançada em casa. Para eles, isso é sinônimo de diversão e muita farra, mas para os pais, significa que a atenção deve ser redobrada e muita coisa precisa ser observada nesta época.

Os maiores conseguem “se virar” na ausência de um responsável e são mais dependentes. Já os pequenos, precisam de cuidados especiais e de alguém monitorando o tempo todo. Nesse caso, a preocupação é ainda maior quando a criança fica sob a responsabilidade de terceiros ou parentes enquanto os pais trabalham. 

Eles sempre são mais sensíveis ao calor, por isso fatores como alimentação e vestimentas precisam ser levados em consideração para garantir o bem-estar dos pequenos e evitar as típicas infecções de verão. 

Para a pediatra e alergista Juliana de Souza Lima, todo cuidado é pouco quando se trata da alimentação das crianças. Ela reforça a importância de ficar atento os alimentos que ficam expostos, validade e produtos enlatados, além de uma boa hidratação.

“O grande problema nessa época são as intoxicações alimentares. Alimentos vencidos, que ficam expostos ou enlatados, por exemplo, são alguns dos que podem causar as intoxicações. O ideal é que os pais deem preferência aos naturais ou feitos em casa. A criança também precisa de uma boa hidratação, com sucos naturais e água em abundância “, explica. 

Uma boa opção para refrescar as crianças são banhos ao longo do dia. Segundo a médica, deve-se observar sempre a temperatura da água e moderar no uso do sabonete. 

“Nem todo banho precisa ser usado sabonete, principalmente em crianças alérgicas ou com lesões de pele. A água deve ser sempre morna ou fria e não existe a necessidade de usar buchas ou escovas”, orienta. 

Veja algumas dicas para refrescar a garotada: 

01) Usar roupas leves, de algodão e de cores claras. Evitar calças jeans e de tecidos mais pesados. 

02) Muita água e bebidas refrescantes para manter a criança hidratada. 

03) Sorvetes e picolés naturais, feitos em casa de preferência. 

04) Incluir na alimentação frutas ricas em água. Exemplo: Pera, melão, melancia, ameixa e abacaxi.

05) Banhos várias vezes ao dia com água morna ou fresquinha dá uma sensação de frescor para os pequenos. O sabonete não precisa ser utilizado todas as vezes.  

06) O ar condicionado e ventilador também podem ser usados moderadamente. É bom lembrar de não deixar o ventilador virado direto para a criança e ficar atento à temperatura ideal do ar acondicionado. 

07) Banhos alternativos de banheira, mangueira ou piscina, sempre com o acompanhamento de um responsável.

Acidentes

Com os pequenos em casa, a chance de acidentes domésticos também aumenta consideravelmente. Para evitar isso, a pediatra alerta para a proteção nas janelas e cuidado com as escadas. Os produtos de limpeza e medicamentos também devem ficar fora do alcance das crianças.

As crianças devem ficar longes de janelas e escadas Foto: ​Reprodução

Um outro problema são as quedas, que podem provocar sérias lesões. De acordo com a odontopediatra Alice Sarcinelli, no caso das crianças com dentes de leite as consequências de uma queda podem influenciar o desenvolvimento dos permanentes.

“Se houver um trauma que arranque algum dente de leite da criança os pais jamais devem tentar recolocá-lo no lugar, pois as chances de lesar o dente permanente são altas. Pequenos traumas recorrentes podem ser tão preocupantes quanto um grande e mesmo quando não há sangramento devem ser relatados ao odontopediatra, devido à proximidade da raiz do dente de leite com a coroa do dente permanente”, observa.

A ortodontista Flávia Moura Machado explica o que fazer caso a criança sofra um trauma no dente permanente usando o aparelho ortodôntico ou com a intenção de usar. “Geralmente são realizados exames de imagens para avaliar a gravidade do trauma. Nos leves, recomenda-se aguardar um período de 3 a 4 meses para que uma nova radiografia ou tomografia seja realizada e, estando as estruturas dentárias normais, a movimentação dos dentes pode ser reiniciada. Em casos com trauma de intensidade moderada, onde pode haver mobilidade do dente traumatizado e até deslocamento, o tempo de espera para início da movimentação ortodôntica estende-se para 1 ano e da mesma forma, exames de imagem devem ser realizados para se atestar a normalidade das estruturas. Já em casos de trauma avaliados como severos, onde pode acontecer até a saída total do dente de dentro da boca, chamada de avulsão total, com reimplantação dos dentes em até 30 a 60 minutos, deve-se aguardar um período de 2 anos para, então, verificando a normalidade das estruturas, reiniciar ou retomar o tratamento ortodôntico”, explica a especialista.

Primeiros Socorros

– Fique calmo: é importante que o responsável pela criança mantenha a calma na hora do acidente. Todos os procedimentos a seguir dependem de sua atitude.

– Acalme a vítima: o momento do traumatismo não causa só dor e sofrimento, mas também alterações psicológicas.

Realize a limpeza do local com água corrente e pano limpo, a fim de remover o material contaminado (terra, areia, entre outros) e examine a região atingida. A melhor posição para a limpeza e o exame inicial do trauma: dois adultos, técnica joelho a joelho.

Evite esfregar! Se houver sangramento, coloque uma compressa com pano limpo e gelo no local por pelo menos 3 minutos.

Deve-se agir com rapidez! Entre em contato com o odontopediatra da criança. Quanto menor o tempo desde os primeiros socorros até o encaminhamento ao dentista, melhores serão os resultados finais.

Se houver possibilidade, localize o dente perdido (no caso de ter se soltado da boca) e leve-o ao dentista dentro de um copo com leite (alternativa 1. soro fisiológico, 2. água filtrada).

Se for apenas um fragmento do dente, leve-o num copo com água filtrada ou soro fisiológico.

Evite que a criança mastigue qualquer alimento duro ou use chupeta, mamadeira ou chupe dedo até a consulta com o dentista.

O responsável pela criança na hora do acidente deve saber relatar ao odontopediatra detalhes do ocorrido: local, como, quando ocorreu o traumatismo.