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O Al Janiah, um bar de refugiados palestinos, sírios e de outras regiões em conflito no mundo, localizado no bairro do Bexiga, região central de São Paulo, sofreu um ataque praticado por vândalos na madrugada deste domingo (1).
De acordo com a direção do estabelecimento — que também funciona como restaurante e centro cultural —, o crime ocorreu por volta das 3h30 e envolveu um grupo de cinco pessoas que se aproximou da porta principal. Os suspeitos portavam uma faca e spray de pimenta.
As câmeras de monitoramento do bar registraram o momento em que os agressores chutam a porta e lançam o spray no interior do bar. Em seguida, os seguranças da casa conseguem interromper a investida dos vândalos, que fogem do local.
Testemunhas que viram os autores descendo de um táxi ligaram para o telefone 190 da Polícia Militar. Porém, segundo relato dessas pessoas em mensagens obtidas pela reportagem do R7, nenhuma viatura foi enviada para averiguar o chamado.
A direção do Al Janiah decidiu não registrar ocorrência em uma delegacia para que o caso seja investigado por entender em descaso dos agentes públicos de segurança com os ataques sofridos pelo bar. Os representantes do restaurante também acreditam que a principal motivação do ato criminoso tenha sido “o crescente discurso de intolerância e ódio que acomete este país”.
“Como somos uma casa que defende as minorias políticas e a diversidade, fica claro que foi um ataque motivado pela intolerância”, disse a gerente de comunicação do Al Janiah, Indra Seixas Neiva.
PM rebate acusação de testemunhas
A sala de imprensa da Polícia Militar afirma ter o registro de uma desinteligência, registrada por volta das 05h00, na Rua Rui Barbosa, 236 — endereço próximo ao estabelecimento.
Segundo o Copom (Centro de Operações da PM), os policiais teriam conversado com as partes da briga e orientado a elaboração do boletim de ocorrência na delegacia da área. Porém, a corporação não confirma ter recebido qualquer chamado relativo ao ataque no bar de refugiados.
* Com informações do portal R7