Geral

CTI de hospital é interditado por causa de bactéria multirresistente em Vila Velha

O Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Antônio Bezerra de Farias, em Vila Velha, ficou interditado entre sexta (11) e segunda-feira (14) para um processo de desinfecção do local

O local estaria passando por uma superlotação Foto: Folha Vitória

No último final de semana, o Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Antônio Bezerra de Farias, em Vila Velha, ficou interditado entre sexta (11) e segunda-feira (14) para um processo de desinfecção do local.

De acordo com o diretor de formação do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde no Espírito Santo (Sindsaúde/ES), Valdecir Gomes Nascimento, que também é funcionário do hospital, a interdição aconteceu devido a detecção de uma bactéria multirresistente no CTI. Os pacientes que estavam no local precisaram ser divididos em outras seis enfermarias do hospital.

Gomes diz ainda que o hospital se encontra superlotado e sem condições de receber novos pacientes. A causa da superlotação seria o fechamento de um setor do local para a realização de uma reforma. “Isso aconteceu há mais de dois meses e ainda nem sinal de obras”..

Ele ressalta que a Organização Mundial da Saúde (OMS) determina um espaço mínimo entre um paciente e outro, a fim de evitar contaminações entre eles, o que não estaria ocorrendo no local. “Muitos estão sendo colocados e atendidos no chão. Está um verdadeiro caos”, alertou.

O outro lado

O diretor geral do Hospital Antônio Bezerra de Farias, Enrielton Chaves, diz que o local recebe diariamente entre 160 e 170 pacientes e os casos mais graves que entram pela emergência e depois seguem para o CTI são monitorados.

“Monitoramos para saber se o paciente está com algum bactéria. Este é um protocolo que seguimos e a análise é feita semanalmente e, em uma destas análises semanais, constatamos que um paciente pontual estava com essa bactéria resistente aos nossos medicamentos”, disse.

Após ter sido constatada a presença da bactéria, Enrielton afirmou que a equipe multidisciplinar do hospital traçou um plano de ação para evitar possíveis contaminações.

“A avaliação semanal continua, em especial deste paciente e optamos por um processo de desinfecção de todo o ambiente de UTI, então praticamente montamos outra unidade, removemos os pacientes para este novo local e fizemos toda a desinfecção no final de semana. Depois disso, os pacientes foram realocados na UTI. Nós não fechamos leitos e a UTI voltou a funcionar normalmente nesta terça-feira”, disse.

O diretor geral do hospital disse ainda que, em oito meses de sua gestão este é o primeiro caso de bactéria resistente que foi registrado no hospital. Ele afirmou ainda que o paciente com a bactéria que ocasionou o fechamento da UTI para desinfecção continua internado no local.