Uma cuidadora de uma creche municipal foi exonerada sob a acusação de morder um menino de 3 anos, em Cachoeiro de Itapemirim, região Sul do Espírito Santo. O caso ocorreu na última quarta-feira (22).
A cuidadora suspeita da agressão teria dito à equipe escolar que havia mordido a criança de brincadeira, depois de ter sido mordida nas mãos pelo menino.
De acordo com a mãe da criança, que é auxiliar administrativo, o filho frequenta a escola em período integral e, no dia da agressão, ela teria recebido um telefonema da creche.
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Segundo ela, durante a conversa, uma funcionária da instituição disse que o filho dela teria mordido um colega durante o turno da manhã, e no período da tarde teria sido mordido por uma menina.
Apesar disso, enquanto conversava com o filho sobre o ocorrido, ele teria identificado uma das cuidadoras como agressora, e dito que foi mordido por ela.
“Eu disse que eles podiam ficar tranquilos, que eu ia conversar com ele. Só que quando cheguei em casa e fui dar banho nele, eu estava explicando que não podia morder. Disse que já que ele tinha mordido, a coleguinha também mordeu ele. Eu perguntei o nome da coleguinha e ele disse que não era a coleguinha, era a tia”, contou.
A auxiliar administrativo relata que no dia seguinte foi até a creche acompanhar o filho e pediu a ele para que mostrasse quem era a cuidadora. Ao chegar no local, a mulher foi identificada pela criança.
Ainda assim, uma professora teria mantido a versão de que o garoto havia sido mordido por uma colega, mesmo quando confrontada pela mãe da criança.
Algumas horas mais tarde, quando estava no trabalho, a auxiliar administrativo recebeu um telefonema da gestora da instituição, que confirmou a ela a versão de que o garoto havia sido mordido por uma cuidadora.
“Ela me disse que precisava marcar uma reunião comigo. Falou que também precisava conversar sobre o que meu filho me contou. Ela me disse que era sobre esse assunto mesmo e que eu precisava registrar um boletim de ocorrência. Eu saí do meu serviço correndo e fui para lá”, relatou.
Ao chegar no local, a diretora já havia entrado em contato com o Conselho Tutelar e foi preciso esperar a chegada dos agentes para que o caso pudesse ser esclarecido.
Foi neste momento que a cuidadora deu sua versão dos fatos, de que teria mordido o menino de brincadeira, o que foi contestado pela mãe, uma vez que o braço da criança teria ficado machucado.
De acordo com a auxiliar administrativo, o boletim de ocorrência foi registrado logo após a conversa, assim como o exame de corpo de delito. Ela também realizou uma queixa na Secretaria Municipal de Educação.
“Agora tenho que esperar. Fui na delegacia ontem para ouvir o delegado, sobre o que será feito, porque ela só perdeu o emprego. Será que futuramente ela estará na escola e vai fazer isso com uma outra criança? Só vou poder ser ouvida, dar meu depoimento no dia 4 de setembro. Preciso esperar a justiça, mas ela tem que ser punida”.
O Folha Vitória tenta contato com a cuidadora. O espaço está aberto e a matéria será atualizada casa haja manifestação.
Por nota, a Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim confirmou a exoneração da cuidadora, informou que foi instaurado um processo administrativo e o caso foi comunicado ao Conselho Tutelar e ao Ministério Público.
A Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente e ao Idoso de Cachoeiro de Itapemirim. Por envolver menor de idade, o caso segue sob sigilo
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