Em busca de eficiência nos estudos para combate aos mosquitos, as cidades do sul do estado participaram durante a última semana do curso Capacitação para Laboratoristas, solicitado pela prefeitura de Cachoeiro ao governo estadual. Três técnicos do Núcleo de Entomologia e Malacologia do Espírito Santo (Nemes) ministraram as aulas, teóricas e práticas.
Foram convidadas na região 26 secretarias municipais responsáveis pelas ações de saúde, para atualização das informações sobre hábitos e a biologia dos insetos, principalmente os mais comuns: o aedes aegypti, transmissor da chikungunya, dengue, febre amarela e zika; e o culex.
Todo o trabalho de campo dos agentes de endemias geram informações e amostras utilizados em laboratório para pesquisa e definição das ações seguintes de combate. Em Cachoeiro, o laboratório funciona na Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), o antigo CCZ, no bairro Aeroporto.
“No caso do nosso município, o último curso ocorreu em 2014, e nos alegra muito a oportunidade dessa capacitação à equipe da prefeitura. Os laboratoristas vão ter um conhecimento mais amplo, com acesso ao que a ciência tem de mais novo para investigar os insetos, e a estratégia de combate será melhor”, informa a secretária municipal de Saúde, Luciara Botelho.
Análise
O Nemes atuou em bairros de Cachoeiro com a equipe da Vigilância Ambiental da prefeitura, para pesquisas em campo, com base em armadilhas para captura, uma para insetos adultos e outra para larvas, encaminhados para análise.
O método é indicado pelo Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), pela melhor relação custo-benefício e o apoio no monitoramento da infestação. Umas das armadilhas é a ovitrampa, parecida com um vaso de flores, mas com líquido larvicida e uma pequena peça para ajudar na fixação dos ovos.