Com o objetivo de construir um projeto para estudar e criar soluções para o lançamento de poluentes na água doce e a escassez hídrica, o professor, doutor e pesquisador do Instituto de Avaliação Ambiental e Estudos Hídricos de Barcelona, Espanha, Damià Barceló, se reuniu nesta segunda-feira (01) com professores da Ufes e representantes do Instituto Aplysia, do Instituto Estadual do Meio Ambiente (Iema) e da Cesan.
De acordo com os estudos de Damià, milhões de poluentes são lançados todos os dias nos rios e lagos no mundo. São efluentes industriais, pesticidas, remédios, drogas, cosméticos, esgoto que aumentam junto com o crescimento da população e do consumo, mas não se sabe até que ponto a diluição desses produtos na água é suficiente para evitar sérias consequências para saúde dos corpos hídricos e da própria humanidade.
Entre os elementos que se unem as águas depois que o esgoto recebe tratamento e retornam ao sistema hídrico está o repelente de insetos, que está sendo cada vez mais utilizado nos últimos tempos como profilaxia ao aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika vírus e febre chicungunya. Segundo o estudioso, ainda não existe ainda uma forma de dissipar o produto das águas e o objetivo é estudar formas de tratar as águas da forma mais completa possível.
De acordo com a presidente do Instituto Aplysia, Tatiana Furley, o encontro deu início ao debate sobre a qualidade da água em um cenário cada vez mais crítico de escassez hídrica. “A ideia é plantar uma semente para chamar a atenção para o tema, unir profissionais e estudiosos da área na discussão e trazer a experiência de especialistas que já avançaram na questão”, ressaltou.